Pavimentação atende demanda histórica e melhora rotas agrícolas no km 35 da AM-010
Manaus (AM) – O ramal Água Branca 2, no km 35 da AM-010, enfim receberá pavimentação após quatro décadas de reivindicações dos moradores. A obra, anunciada neste domingo (7/12), atende uma das rotas rurais mais importantes para o escoamento agrícola da região, onde a produção de pitaya e outras culturas familiares sustenta a renda de dezenas de famílias.
A melhoria dá sequência ao pacote de intervenções da Prefeitura de Manaus nos ramais, que chega a 20 trechos concluídos ou em execução. A intervenção no Água Branca 2 inclui sete quilômetros de asfalto, drenagem superficial, meio-fio e sinalização.
Mobilidade e escoamento agrícola no centro das mudanças
Durante décadas, a população conviveu com lama no inverno, poeira no verão e dificuldade constante de acesso a serviços públicos. Para produtores rurais, o impacto da estrada precária se traduzia em perdas nas colheitas e custos maiores no transporte.
“A gente mora aqui há 40 anos esperando por esse asfalto. Era uma luta diária para sair de casa. Hoje sentimos que essa espera vai acabar”, disse a agricultora Rosilene Souza.
A pavimentação também deve reduzir custos logísticos para quem depende do ramal para levar alimentos a feiras, mercados e centros de distribuição de Manaus.
“O asfalto muda tudo para quem produz. Ajuda no tempo, no gasto e no cuidado com a mercadoria”, relatou o produtor rural José Pereira.
Obra atende demanda antiga e corrige desigualdades territoriais
Embora a medida venha de uma parceria entre Prefeitura e bancada federal, o foco do projeto responde diretamente a uma necessidade histórica da região: garantir mobilidade básica a moradores que por décadas estiveram mais sujeitos ao isolamento que à integração.

Representantes públicos presentes à assinatura reconheceram o atraso estrutural acumulado na zona rural. Eles destacaram que a intervenção busca corrigir distâncias não apenas geográficas, mas sociais.
“Zona rural não pode ser tratada como território esquecido. Essa obra tem efeito prático no dia a dia das famílias”, afirmou o vice-prefeito Renato Júnior.
O deputado federal Saullo Viana, autor da emenda que financia a intervenção, ressaltou o caráter essencial da pavimentação.
“Quando uma obra garante acesso mais seguro, mais serviços chegam. Isso impacta saúde, educação e a economia local”, disse o parlamentar.
Um mapa de obras que começa a redesenhar a zona rural
Além do Água Branca 2, ramais como Baiano, Matrinxã, Bom Jesus, São Francisco, Cachoeira do Leão, Cuieiras e Fazenda Esperança estão em execução ou já foram concluídos. Todos têm função estratégica no abastecimento alimentar da capital.
Segundo a Prefeitura, a ampliação do programa responde à demanda de moradores por infraestrutura básica e mobilidade contínua — um gargalo que acompanha Manaus desde sua formação.
“Se já avançamos em alguns trechos, ainda há muito a fazer. A zona rural precisa de continuidade e presença do poder público”, afirmou o prefeito David Almeida.
A pavimentação do Água Branca 2, portanto, não simboliza apenas uma obra. Representa um acerto de contas com uma região historicamente negligenciada e um passo concreto para reduzir desigualdades entre o centro urbano e o campo que abastece a cidade.




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