Manaus (AM) – O Amazonas foi classificado como o pior estado do Brasil para dirigir, segundo o projeto IRIS, um ranking de segurança viária do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV). Com apenas 1,86 ponto, o estado ficou na lanterna da pesquisa que avaliou os 26 estados e o Distrito Federal. A pesquisa analisa sete pilares baseados no Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans).
O levantamento revela que a baixa pontuação do Amazonas está diretamente ligada a falhas estruturais, fiscalização ineficiente e falta de ações educativas, um contraste com a realidade de outras unidades da federação.
Infraestrutura precária é o ponto mais crítico
Um dos fatores decisivos para a baixa classificação do Amazonas é a infraestrutura viária. No indicador de “Vias Seguras”, que analisa o pavimento, a sinalização e a extensão de rodovias em condições ruins, o estado obteve uma pontuação de 0,6, uma das piores do país.
Esse resultado evidencia a falta de manutenção nas estradas, a sinalização inadequada e a iluminação deficiente que comprometem a fluidez do trânsito e elevam os riscos de acidentes para motoristas e pedestres.
Fiscalização e educação no trânsito têm desempenho nulo
A pesquisa do ONSV também revelou desafios em áreas como fiscalização e educação. No pilar “Educação para o Trânsito”, que avalia o comportamento dos condutores e a efetividade da fiscalização, o Amazonas obteve a nota zero.
Essa pontuação nula indica uma falta de ações educativas e de uma fiscalização robusta para coibir infrações como excesso de velocidade, uso de celular ao volante e desrespeito às leis. A falta de registros de infrações não reflete segurança, mas sim falhas na fiscalização.
Comportamento do condutor e saúde viária
A pesquisa também apontou que o estado tem uma pontuação baixa em “Segurança Veicular” (0,8) e “Vigilância, Promoção da Saúde e Atendimento às Vítimas” (1,1). Esses dados indicam que, além dos problemas de infraestrutura, há desafios relacionados à renovação da frota de veículos e à estrutura hospitalar para atender vítimas de acidentes.
O cenário exige uma atuação coordenada do poder público em infraestrutura e fiscalização, mas também uma transformação na consciência dos motoristas. O ONSV defende que melhorias na gestão de segurança no trânsito e políticas públicas eficientes são essenciais para reduzir os acidentes e as mortes.
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