A oposição e o governo entraram em acordo nesta terça-feira (26) para aprovar o plano de trabalho da CPMI do INSS, que investiga fraudes estimadas em R$ 6,3 bilhões. Também por consenso, foi eleito como vice-presidente da comissão o deputado Duarte Jr (PSB-MA).
Fraudes no INSS serão investigadas desde 2015
A investigação vai abranger fatos a partir de 2015, alcançando os governos Dilma Rousseff, Michel Temer, Jair Bolsonaro e o atual de Luiz Inácio Lula da Silva.
A comissão também aprovou convocações e convites a ex-ministros da Previdência, ex-presidentes do INSS, diretores de benefícios, dirigentes da Dataprev e representantes de entidades envolvidas.
Convocados e primeiras oitivas
Entre os convocados estão Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, apontados pela Polícia Federal como operadores do esquema.
O primeiro a depor, na próxima quinta-feira (28), será o delegado da PF responsável pelo inquérito, Bruno Oliveira Pereira Bergamaschi.
Relator e recorte temporal
O relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), afirmou que o recorte temporal a partir de 2015 garante segurança jurídica e celeridade. Ele destacou que, apesar de ter preferência política, a prioridade será a busca da verdade.
Já o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), reforçou que “todos os governos serão alvos da apuração”.
Eixos de investigação
O plano de trabalho será dividido em seis eixos:
- Mapeamento do esquema fraudulento e modus operandi
- Identificação e responsabilização dos envolvidos
- Impacto nas vítimas e no erário
- O caminho do dinheiro desviado
- Falhas institucionais e de controle
- Medidas preventivas e aperfeiçoamento legislativo
Segundo o relator, a comissão deve propor mudanças para impedir que fraudes como essas se repitam e restaurar a confiança pública no INSS.
Vice-presidente destaca independência
O vice-presidente eleito, Duarte Jr, afirmou que a comissão não terá lado político:
“Não importa se quem cometeu crimes é da direita ou da esquerda. Cabe a nós investigar e garantir a punição.”
*Com informações da Agência Brasil
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