Manaus (AM) – Um dos principais cartões-postais da capital amazonense, o complexo turístico Ponta Negra, na zona Oeste, tem sido alvo constante de pichações, causando prejuízos financeiros e impacto negativo na paisagem urbana. O espaço, que é mantido pela Prefeitura de Manaus, tem uma média mensal de R$ 15 mil em gastos com repintura e requalificação de áreas vandalizadas.
Além da poluição visual, as pichações afetam diretamente a estética do local e forçam a administração pública a realocar recursos que poderiam ser investidos em melhorias e manutenção.
“Manaus e diversas cidades brasileiras enfrentam essa prática que, além de sujar, poluir e prejudicar a paisagem urbana, por vezes deteriora bens culturais e gera custos para o poder público”, alertou Pedro Paulo Cordeiro, diretor de Planejamento do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb).
“Respeitar a cidade é também uma forma de ocupar com consciência os espaços que são de todos”, reforçou.
Crime ambiental
A pichação é considerada crime ambiental, conforme o artigo 65 da Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais). A penalidade pode incluir detenção de três meses a um ano e multa. É importante destacar que grafite e pichação não são a mesma coisa: o grafite é reconhecido como arte urbana quando autorizado e feito com o objetivo de valorizar o patrimônio.
O coordenador da Comissão da Ponta Negra, Alberto Maciel, faz um apelo à população:
“Pedimos a colaboração da população para manter esse lindo espaço, que é um patrimônio de todos os manauaras.”
Como denunciar
A população pode contribuir denunciando casos de vandalismo e pichações diretamente à base Oeste da Polícia Militar, que atua no local, pelo telefone (92) 98842-2586.
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