A médica e a técnica de enfermagem envolvidas no atendimento do menino Benício Xavier de Freitas, de 6 anos, foram afastadas de suas funções pelo Hospital Santa Júlia. A informação foi confirmada pela assessoria da unidade, que concluiu as investigações internas sobre o caso. A criança morreu na unidade, segundo os pais, após a aplicação intravenosa de adrenalina.
Segundo o hospital, a Comissão de Óbito e Segurança do Paciente finalizou a análise preliminar do atendimento realizado no dia 23 de novembro de 2025, quando o menino deu entrada com tosse seca e suspeita de laringite. Durante o processo de apuração, a instituição decidiu suspender temporariamente as duas profissionais, medida que continuará válida enquanto o caso segue em investigação externa.
Hospital confirma envio de informações às autoridades
Em nota, o Santa Júlia declarou que todas as informações levantadas serão encaminhadas à família e às autoridades competentes. A instituição reforçou compromisso com transparência e apoio aos pais, destacando que reconhece a gravidade do caso e a dor da família.
O hospital afirmou que segue comprometido com “a segurança do paciente, a ética e a responsabilidade assistencial”.
Caso Benício: o que aconteceu
Benício foi levado ao hospital com sintomas leves, mas recebeu prescrição de três doses de adrenalina intravenosa, quantidade que a família considera incompatível com o quadro clínico. Após a primeira aplicação, o menino apresentou piora brusca e passou a relatar sensação de que “o coração estava queimando”.
Ele foi conduzido à sala vermelha e, posteriormente, à UTI, onde enfrentou seis paradas cardíacas entre a noite de sábado e a madrugada de domingo. A última ocorreu por volta das 2h55, horário em que a morte foi confirmada.
Família aponta erro e pede justiça
Os pais registraram boletim de ocorrência e afirmam que a médica teria reconhecido falhas no atendimento. Eles alegam que a dosagem aplicada seria compatível com quadros de infarto, e não com laringite. A família pede que os responsáveis sejam punidos e que o caso não fique impune.
Polícia Civil investiga
A Polícia Civil do Amazonas abriu inquérito para investigar as circunstâncias da morte e determinar se houve erro médico. A unidade hospitalar informou que seguirá colaborando com as autoridades e que já realizou análise técnica interna sobre o atendimento.
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