- Programa de microcrédito rural expande operação para a Amazônia e Centro-Oeste com aporte de R$ 1 bilhão e foco em pequenos produtores, pescadores e povos tradicionais
O programa de microcrédito AgroAmigo expande sua atuação para o Norte do Brasil com R$ 1 bilhão. Conheça os benefícios e quem pode acessar os recursos.
- O programa de microcrédito rural AgroAmigo, já consolidado como referência no Nordeste, inicia uma nova fase de expansão para se tornar uma política nacional de apoio aos pequenos produtores. Com a chegada ao Norte e ao Centro-Oeste, o programa oferece um suporte financeiro essencial para a agricultura familiar, pescadores e comunidades tradicionais.
O lançamento da campanha “AgroAmigo — Microcrédito pertinho da gente” foi celebrado em um evento promovido pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) em Brasília, marcando um novo capítulo na história do microcrédito rural no Brasil.
O Impacto do AgroAmigo
A expansão do AgroAmigo para o Norte é um marco para a região amazônica, que nunca teve um programa de microcrédito com esse tipo de subsídio desde a criação dos Fundos Constitucionais em 1988.
Durante a cerimônia, o ministro Waldez Góes destacou o sucesso do modelo no Nordeste, onde são movimentados quase R$ 10 bilhões em operações de microcrédito, ressaltando o potencial do programa para gerar renda e diminuir desigualdades também no Norte.
Bancos parceiros
Em 2024, o MIDR deu início à fase experimental da nova modalidade de crédito com um montante de R$ 300 milhões. Em um movimento estratégico, o governo federal uniu forças com a Caixa Econômica Federal, que se junta ao Banco do Brasil e ao Banco da Amazônia como um parceiro-chave na operação dos recursos.
Para ampliar o alcance, um aporte de R$ 1 bilhão foi anunciado em julho, com a meta ambiciosa de beneficiar 100 mil famílias enquadradas no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Para o superintendente da Sudam, Paulo Rocha, a chegada dessa política pública é fundamental para planejar um desenvolvimento em que o pequeno produtor tenha um papel central.
“À medida que fazemos chegar essa política pública ao pequeno produtor, não apenas o estamos integrando ao processo de crédito, para que ele possa produzir mais, como também estamos planejando um desenvolvimento em que o pequeno terá papel fundamental”, afirmou.
O AgroAmigo abrange uma diversidade de grupos, incluindo assentados, ribeirinhos, comunidades extrativistas, pescadores, indígenas e quilombolas. A iniciativa é voltada para famílias com renda bruta anual de até R$ 50 mil que se dedicam a atividades agrícolas de subsistência.
A linha de crédito conta com limites diferenciados para homens, mulheres e jovens, permitindo que uma mesma família acesse até R$ 35 mil.
Ao expandir para a Amazônia, o programa não apenas apoia a produção local, mas também fortalece a dinâmica econômica da região, incentivando a verticalização das riquezas, um desafio histórico para a economia amazonense.
Fonte: Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR)
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