Reincidência e Audiência de Custódia: O Enigma da Violência
Manaus (AM) – Manaus, a capital amazonense continua imersa em uma onda de violência que se manifesta de forma brutal e quase diária. O assassinato de Helinto Júnior Guerra Colares, de 18 anos, é um reflexo direto dessa realidade.
O jovem acabou morto com dezenas de tiros nesta segunda-feira (4), em sua própria residência no bairro Novo Aleixo, uma área que tem sido palco de frequentes confrontos e crimes.
A dinâmica da execução, com a invasão da casa por um grupo de sete homens armados, aponta para uma ação planejada, típica de acertos de contas.
Vítima
O caso ganha camadas mais complexas ao se observar o histórico da vítima. Helinto havia sido preso por tráfico de drogas e, pouco antes de sua morte, terminou liberado após uma audiência de custódia. Esta prática, que visa avaliar a legalidade e a necessidade de manter o preso, frequentemente se torna um ponto de discussão pública.
Segundo o delegado Gerson Oliveira, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o envolvimento anterior do jovem com o tráfico é a principal linha de investigação para a motivação do crime.
“Ele tinha envolvimento com o crime e foi liberado recentemente, então é natural que investiguemos essa ligação”, disse o delegado.
A facilidade com que criminosos acessam e executam suas vítimas dentro de suas casas em bairros de Manaus evidencia a fragilidade da segurança pública. A violência não se restringe a áreas isoladas, mas permeia o tecido social da cidade, gerando medo e uma sensação de impunidade.
O aumento de homicídios, muitos deles relacionados a disputas por pontos de venda de drogas, é um desafio constante para as forças de segurança.
A Crise de Segurança em Manaus
Manaus tem se consolidado como um centro para o crime organizado, principalmente devido à sua posição estratégica para o escoamento de drogas. As disputas territoriais entre facções criminosas, como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC), se traduzem em uma guerra velada que resulta em um número crescente de execuções.
O cenário, agravado por uma polícia sobrecarregada, que muitas vezes não consegue investigar a fundo cada um dos crimes. Isso fomenta a crença de que a impunidade é a regra.
A morte de Helinto Júnior Guerra Colares não é um evento isolado. É um sintoma de um problema estrutural que exige uma resposta integrada das autoridades, que vá além do patrulhamento ostensivo, inteligência e desarticulação das organizações criminosa
VÍDEO:
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