Maraã (AM) – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) prendeu uma mulher de 40 anos suspeita de permitir que o marido estuprasse a própria filha, de 17 anos. O crime ocorria sob uma condição chocante: a mãe autorizava os abusos desde que o homem não se envolvesse com outras mulheres.
A prisão ocorreu na quarta-feira (17), em uma ação conjunta entre a 60ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Maraã e a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).
Mãe trocou segurança da filha por fidelidade do marido
A investigação revelou detalhes perturbadores sobre a dinâmica familiar. De acordo com a polícia, a mãe tinha pleno conhecimento dos abusos. Em um vídeo gravado após a prisão do pai, a adolescente afirmou que a genitora autorizava a prática para garantir que o marido não tivesse relacionamentos extraconjugais.
A delegada Kássia Evangelista, da Depca, informou que as denúncias surgiram em novembro. Uma tia da vítima relatou que os abusos começaram quando a menina tinha apenas 7 anos de idade. O pai já havia sido detido no início de dezembro, em uma área rural de difícil acesso.
Histórico de tortura e omissão
Além da conivência com os abusos sexuais, a mulher responderá por omissão no crime de tortura. A adolescente relatou episódios de extrema violência física praticados pelo pai sem qualquer intervenção da mãe.
Em um dos casos mais graves, a jovem foi espancada e teve o cabelo raspado pelo agressor. A polícia também investiga se a mãe participou de um esquema de exploração sexual, no qual o pai levava a adolescente para dormir com outros homens.
Investigação e acolhimento da vítima
Após a denúncia, o casal tentou fugir para o interior do estado, escondendo-se na zona rural de Maraã. A mãe foi localizada em uma casa de familiares do companheiro após a Justiça decretar sua prisão preventiva.
Atualmente, a adolescente recebe suporte especializado:
- Encaminhamento ao Serviço de Acolhimento Institucional (Saica).
- Acompanhamento psicológico para vítimas de violência.
- Guarda provisória sob responsabilidade de familiares maternos.
A mulher permanece à disposição da Justiça e responderá pelos crimes de estupro de vulnerável e omissão em tortura.
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