Na última quarta-feira (15/05), a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), em colaboração com as Polícias Civis de São Paulo e Paraná, deflagrou a Operação Loki, desbaratando uma organização criminosa dedicada a golpes de falsa redução de dívidas de financiamento bancário.
A ação, coordenada pelo 30º Distrito Integrado de Polícia (DIP), ocorreu simultaneamente em três estados brasileiros: Amazonas, São Paulo e Paraná.
A iniciativa contou com o suporte do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), Departamento de Inteligência e Polícia Judiciária (DIPJ) e Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc).
Muito marketing e propaganda
O delegado Mauro Duarte, titular do 30° DIP, durante coletiva de imprensa, elucidou que a empresa denominada “Solução Financeira” atraía suas vítimas por meio de intensa propaganda em veículos de comunicação, prometendo reduzir falsamente as dívidas de financiamento de veículos em até 70%.
Segundo o delegado, a estratégia da organização consistia em atrair inúmeras vítimas, que, ao fecharem contratos, desembolsavam valores significativos, entre R$ 4 e 20 mil, como entrada, parcelando o restante em diversos boletos.
No entanto, após meses, percebiam que nenhum serviço havia sido prestado, arriscando terem seus veículos apreendidos caso não resolvessem diretamente com os bancos.
As investigações, que se estenderam por cerca de dois meses, revelaram a abrangência nacional da organização, atuando em 14 estados brasileiros e 24 municípios do Amazonas. Inicialmente, seis vítimas estão identificadas na capital amazonense.
Com base nas evidências coletadas, a Polícia Civil solicitou à Justiça o bloqueio de bens dos envolvidos, a suspensão das atividades da empresa utilizada para a prática dos crimes e a prisão preventiva dos suspeitos.
A operação, batizada de Loki em alusão ao Deus nórdico da trapaça e da mentira, resultou na prisão dos proprietários da empresa investigada, Daniella Weiber e Thiago Aldo, em Cascavel (PR), e de seis funcionários em Manaus, além de um gerente em Campinas (SP).
As investigações prosseguirão para determinar a participação dos funcionários nos crimes.
Durante as buscas realizadas na sede da empresa, localizada na avenida Urucará, bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus, aprendeu-se: 18 computadores, mais de 20 aparelhos celulares e centenas de contratos e carnês bancários.
Os responsáveis e colaboradores da empresa enfrentarão acusações que incluem estelionato, associação criminosa, sonegação fiscal, não fornecimento de nota fiscal de serviço e lavagem de dinheiro. Todos apresentados à audiência de custódia, ficarão à disposição do Poder Judiciário.
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