Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o Brasil encerra 2025 reposicionado como ator central da diplomacia internacional, com ganhos concretos para a economia, a agenda ambiental e a integração regional. A avaliação ocorreu durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, do governo federal, exibido nesta quinta-feira (18).
Segundo Vieira, o país retomou credibilidade externa ao apostar em diplomacia ativa, previsível e baseada no diálogo, o que recolocou o Brasil em mesas estratégicas de negociação após anos de isolamento.
“O Brasil voltou a ser ouvido”, indicou o chanceler ao comentar a atuação do Itamaraty ao longo do ano.
MERCOSUL menos retórico, mais prático
Durante a entrevista, o ministro destacou a condução brasileira da presidência pro tempore do Mercosul, com foco em destravar acordos e reduzir entraves internos. A orientação, segundo ele, foi tornar o bloco mais funcional, sem abrir mão da integração regional.
Vieira citou avanços nas negociações externas e ressaltou que o Brasil buscou equilibrar interesses econômicos com estabilidade política.
A 67ª Cúpula do Mercosul, realizada sob liderança brasileira, terminou apresentada como símbolo dessa virada pragmática.
BRICS e a diplomacia do equilíbrio
Outro eixo abordado foi o BRICS, grupo que ganhou novo peso geopolítico com a ampliação de membros. Mauro Vieira afirmou que o Brasil atuou como mediador entre países com agendas distintas, reforçando a cooperação sem romper pontes com outras potências globais.
Na avaliação do chanceler, essa postura fortalece a autonomia diplomática brasileira e amplia o espaço de negociação em temas econômicos e estratégicos.
COP30 coloca Amazônia no centro do mundo
A realização da COP30 em Belém, em 2025, apareceu como um dos pontos centrais da entrevista. Para Vieira, sediar a conferência climática na Amazônia elevou o Brasil a protagonista do debate ambiental global.
O ministro afirmou que o evento permitiu ao país apresentar compromissos concretos de preservação e transição energética, com a floresta amazônica no centro da agenda internacional. Segundo ele, a escolha de Belém não foi simbólica, mas política.
Relação com os Estados Unidos e comércio exterior
Vieira também comentou as negociações comerciais com os Estados Unidos, especialmente sobre tarifas adicionais aplicadas a produtos brasileiros.
Ele confirmou que centenas de itens já foram retirados das listas de sobretaxas e que as tratativas seguem para eliminar os percentuais remanescentes.
O chanceler adotou tom cauteloso, mas destacou que o diálogo avançou justamente pela retomada da credibilidade brasileira no cenário internacional.
Por que isso importa para o Amazonas
A fala de Mauro Vieira reforça o papel estratégico da Amazônia na política externa brasileira. A COP30, realizada em Belém, ampliou a visibilidade internacional da região e abriu espaço para investimentos, cooperação científica e protagonismo político dos estados amazônicos.
Para o Amazonas, o reposicionamento do Brasil no debate climático e diplomático tende a gerar impactos diretos em agendas como bioeconomia, preservação ambiental e desenvolvimento sustentável.
Veja o vídeo da entrevista:
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