No último culto realizado na igreja Lagoinha Global, em Orlando, nos EUA, o pastor André Valadão causou polêmica ao criticar o Mês do Orgulho e o movimento LGBTQIA+. Suas declarações geraram revolta e indignação nas redes sociais.
Durante a maior parte do culto, Valadão evitou usar as palavras “gay”, “lésbica” ou “LGBT”, mas abordou o mês de junho como um período de luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+, também conhecido como Mês do Orgulho. Suas palavras provocaram reações intensas por parte dos fiéis e internautas.
Em meio a símbolos e palavras contrárias ao orgulho LGBTQIA+, o pastor pregou que o mês de junho é o “mês que Deus mais repugna na humanidade” e afirmou que ele e a igreja irão dedicar-se à meditação da Bíblia “todo mês de junho até Jesus voltar”, para combater “a cultura LGBTQIA+ influenciando a vida dos crentes em Jesus”.
Valadão utilizou a figura de Lúcifer como símbolo do orgulho, afirmando que Deus não tolerou tal atitude.
Além disso, o pastor criticou a influência da cultura e mídia na sociedade, alegando que marcas, bilionários e mídia impõem os costumes LGBTQIA+ de forma coercitiva. Segundo ele, há um conluio para impor uma agenda que interfere na forma como os cristãos devem viver.
Após suas declarações, internautas manifestaram indignação nas redes sociais.
Comentários como “Deus não odeia ninguém” e “Deus e ódio não cabem na mesma frase” refletiram a rejeição às alegações de Valadão. Houve também críticas à postura considerada homofóbica e a falta de tolerância em relação à diversidade.
Citação da Bíblia
Ao citar passagens bíblicas relacionadas à sexualidade e ao orgulho, Valadão enfatizou que os “perversos” não herdarão o reino de Deus, mencionando termos como “imorais, adúlteros, homossexuais passivos ou ativos”. No entanto, vale ressaltar que as palavras específicas mencionadas pelo pastor não são encontradas textualmente nas escrituras.
Valadão expressou preocupação com a suposta aceitação crescente do “mês do orgulho” entre as famílias cristãs, mencionando que 57% da família evangélica tratariam a prática da homossexualidade com normalidade. Ele afirmou que irá direcionar seus esforços para apontar o caminho da santidade durante todo o mês de junho, visando proteger e preservar aquilo que Deus construiu.
Homofobia também é pecado, dizem internautas
As declarações de Valadão geraram um intenso debate nas redes sociais, com muitos usuários expressando descontentamento em relação à intolerância religiosa e à discriminação. Comentários como “Aproveita e ensina que homofobia também é pecado, além de ser crime” evidenciaram a insatisfação com as posições do pastor.
Tema sensível
A discussão sobre o tratamento da comunidade LGBTQIA+ na sociedade e nas instituições religiosas é um tema sensível e complexo, envolvendo valores, crenças e direitos humanos. A diversidade e a inclusão são fundamentais para o progresso social, e o respeito mútuo é essencial no diálogo entre diferentes perspectivas.
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