Manacapuru–AM – Um deslizamento de terra no Porto de Manacapuru, conhecido como Porto da Terra Preta, nesta segunda-feira (07/10) mobilizou equipes de resgate do Governo do Amazonas. O acidente deixou uma criança de 6 anos desaparecida e nove pessoas com ferimentos leves.
O Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Secretaria de Assistência Social e Secretaria de Saúde estão no local prestando apoio às vítimas e seus familiares.
Buscas por criança desaparecida
O coronel Francisco Máximo, chefe da Defesa Civil do Amazonas, informou que a área foi isolada e o DNIT está atuando no local, que é uma área federal.
Mergulhadores e especialistas em salvamento em estruturas colapsadas do Corpo de Bombeiros foram enviados para auxiliar nas buscas pela criança desaparecida.
“Prioridade total do governo do estado é encontrar essa criança”, destacou o coronel.
Reforço na saúde e assistência social
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) reforçou a infraestrutura hospitalar em Manaus para o atendimento de feridos e enviou equipes para prestar apoio às vítimas em Manacapuru.
A Secretaria de Estado de Assistência Social também está no município para atender as famílias de possíveis desaparecidos.
Pronta resposta
O secretário de Segurança Pública, coronel Vinicius Almeida, ressaltou a pronta resposta do governo e a continuidade dos trabalhos de resgate e assistência às vítimas.
“Todos vieram de imediato para compreender primeiro o que estava acontecendo e pela manhã, nós retomamos os trabalhos”, afirmou.
Acompanhe a situação
As equipes de resgate continuam as buscas pela criança desaparecida e o Governo do Amazonas segue monitorando a situação em Manacapuru.
Saiba mais sobre o deslizamento em Manacapuru:
Testemunhas relatam 200 soterrados:
Apesar da Defesa Civil confirmar apenas o desaparecimento de uma criança, testemunhas presentes no local afirmam que cerca de 200 pessoas podem ter sido soterradas no deslizamento. Essa discrepância levanta preocupações sobre a real dimensão da tragédia.
Porto estratégico:
O Porto da Terra Preta é um local de grande importância para Manacapuru, servindo como ponto de conexão com diversas localidades da região. O terminal hidroviário e a Secretaria Municipal de Pesca (Sempa) também estão localizados no porto, o que aumenta o impacto do desastre para a cidade.
Destroços no rio:
O deslizamento causou a queda de flutuantes, casas, carros e outros destroços no Rio Solimões, evidenciando a força do desabamento. Flutuantes são construções comuns na região amazônica, utilizadas como residências e hotéis sobre as águas do rio.
“Terras Caídas”:
O fenômeno conhecido como “terras caídas” é um tipo de erosão fluvial comum na região, intensificado pela pior vazante da história do Rio Solimões. Essa erosão pode causar escorregamentos, deslizamentos e desabamentos de terra, como o ocorrido no Porto da Terra Preta. Especialistas alertam para o risco de novos deslizamentos na região, especialmente com a continuidade da seca.
Responsabilidade pelo porto:
Enquanto a Prefeitura de Manacapuru afirma estar trabalhando no resgate e assistência às vítimas, o DNIT declarou que o Porto da Terra Preta não está sob sua responsabilidade. A autarquia afirma que gere apenas a instalação portuária IP4 em Manacapuru. No entanto, técnicos do DNI estão no local para avaliar os danos e riscos à estrutura da IP4. Essa divergência sobre a responsabilidade pelo porto pode gerar entraves para a recuperação da área e para a prevenção de futuros acidentes.