Manaus é a segunda capital mais favelizada do Brasil, conforme estudo do IBGE e Instituto Cidades Sustentáveis, refletindo carência de políticas públicas eficazes.
Conforme os resultados do Censo de 2022, divulgados nesta sexta-feira (8/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 55,81% da população de Manaus vivia em favelas no ano da pesquisa, totalizando 1.151.828 moradores.
Dos 392 assentamentos precários ou comunidades urbanas encontrados no Amazonas, 236 estão na capital. Esses números reforçam a necessidade de mais investimentos em habitação e planejamento urbano na capital.
Para deputado estadual Roberto Cidade (UB), presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam),o Censo revela números preocupantes:
“O Censo revela que, sem planejamento, as políticas públicas não conseguem atingir as camadas mais vulneráveis da população. Isso resulta em mais pessoas vivendo sem infraestrutura adequada, o que amplifica problemas de saúde, educação e segurança”, afirmou Roberto Cidade. Segundo ele, a falta de moradias de qualidade e a ausência de saneamento básico e infraestrutura empurram a população para submoradias, comprometendo a qualidade de vida dos manauaras.
Destaques dos Dados do Censo
Entre as 20 favelas e comunidades urbanas mais populosas do Brasil, seis estão em Manaus. Outras cidades que aparecem no ranking incluem a Rocinha (RJ), com 72.021 moradores, e Sol Nascente (DF), com 70.908 habitantes.
Além de Manaus, Belém é a única outra capital onde mais da metade da população vive em favelas, com 57,2% de seus moradores em comunidades. Ambas apresentam os piores indicadores de saúde e saneamento básico, segundo o Mapa da Desigualdade entre as Capitais, divulgado em março de 2024 pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS).
Desafios e Reflexões
Roberto Cidade reforçou a necessidade de políticas públicas mais robustas e bem planejadas para enfrentar a favelização.
“Com a aplicação de políticas públicas adequadas, poderemos diminuir a desigualdade e melhorar os indicadores de desenvolvimento urbano. É preciso agir para garantir condições melhores de habitação e cidadania”, pontuou o deputado.