MANAUS (AM) – O Ministério Público do Amazonas (MPAM) recuou e denunciou o suspeito de estuprar uma menina de 4 anos dentro do provador de uma loja de um shopping em Manaus, em março deste ano. O homem de 31 anos nega o crime. As informações são do G1 Amazonas.
Em abril deste ano, o MP pediu o arquivamento do inquérito policial sobre o caso. Na ocasião, o Ministério apontou que as filmagens da suposta cena do crime foram coletadas diretamente pela mãe da vítima, não sendo preservadas e encaminhadas para a perícia criminal. Além disso, o promotor também alegava que não era possível reconhecer o suspeito no vídeo, logo, não havia porque continuar a investigação do caso.
O Procurador Geral de Justiça Alberto Nascimento, no entanto, não concordou com o pedido dos promotores e enviou o caso para uma nova promotoria, que ofereceu a denúncia contra o suspeito.
No documento, obtido com exclusividade pela Rede Amazônica, o promotor relata que a mãe viu a filha saindo do provador e, em seguida, viu quando o homem saiu do mesmo local.
“Naquele momento, a criança contou à genitora que o homem havia lhe chamado até o provador masculino e a tocado, após levantar a blusa”, narra a peça do MP.
Segundo o promotor Fabrício Almeida, que está respondendo pelo caso, há indícios suficientes de autoria e materialidade comprovados pelo relato da vítima, das testemunhas, do exame de corpo de delito e das imagens extraídas das câmeras de segurança da loja.
“A agravante do recurso que dificultou a defesa da ofendida, por sua vez, resta demonstrada pela conduta do denunciado, consistente em colocar a mão na boca da ofendida, tapando-a, para impedir que ela respondesse aos chamados de sua mãe ou gritasse por ajuda, sendo esta a única forma de defesa da criança frente ao porte físico do denunciado”, disse o promotor.
Imagens
Imagens do circuito interno da loja, o homem aparece entrando sozinho na área dos provadores. Em seguida, a mulher surge com a criança e vai em uma das cabines femininas. A menina segue para o compartimento masculino.
A vítima só retorna depois de um tempo, quando a mãe dela começa a procurar do lado de fora.
Para a polícia, a mãe da criança informou que foi até o provador da loja experimentar roupas e ao sair do espaço encontrou a filha saindo da ala masculina pedindo para ir embora. A criança teria então relatado o estupro para genitora.
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