Manaus (AM) – Manaus se despediu nesta segunda-feira (26) de um dos maiores nomes da cultura popular amazonense. O sambista Paulo Onça, de 63 anos, faleceu após quase seis meses de internação decorrente de uma violenta agressão sofrida no fim de 2024.
O artista, que acumulava mais de quatro décadas de contribuição à música e ao carnaval, estava internado no Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, na zona Leste da capital, desde o dia 5 de dezembro. Na ocasião, ele havia se envolvido em um acidente de trânsito na rua Major Gabriel, bairro Praça 14, quando foi espancado de forma covarde por Adeilson Duque Fonseca, conhecido como “Bacana”.
Câmeras de segurança flagraram o agressor desferindo diversos golpes contra Paulo, mesmo após ele cair desacordado. O compositor foi socorrido com traumatismo craniano e passou por cirurgia de emergência para retirada de um coágulo. Desde então, seu quadro de saúde foi considerado grave, e ele permaneceu hospitalizado até seu falecimento.
Legado de um mestre do samba
Paulo Juvêncio de Melo Israel, nome de batismo de Paulo Onça, foi um símbolo do samba amazonense. Ao longo da carreira, compôs mais de 130 músicas e foi autor de obras marcantes para o carnaval, como o samba-enredo “Nem Verde e Nem Rosa”, que levou a Vitória Régia ao título em 1990.
Reconhecido por sua criatividade e paixão pela música, Paulo Onça deixa um legado de resistência cultural e contribuição inestimável à identidade da Amazônia.
Leia mais:
Família de Paulo Onça pede ajuda para custear despesas durante internação do cantor em Manaus