Manaus (AM) – A Amazonas Energia instalou placas fotovoltaicas na comunidade do Lago do Piranha, no município de Manacapuru, gerando oportunidades de emprego e renda para os moradores. Enquanto a média salarial em Manacapuru é de meio salário-mínimo, os habitantes do Lago do Piranha conseguem ganhar até quatro vezes mais, graças à energia solar.
No interior do Amazonas, a geração de emprego e renda é um desafio, especialmente em comunidades isoladas onde a falta de energia elétrica dificulta a abertura e a manutenção de negócios. No entanto, essa realidade está mudando para os moradores do Lago do Piranha com a chegada da energia solar limpa e renovável.
Apenas 6,3% dos 100 mil habitantes de Manacapuru têm ocupação, e 46,1% desses trabalhadores têm rendimentos de até meio salário-mínimo, de acordo com dados do IBGE de 2020. No entanto, o programa “Mais Luz para a Amazônia” está transformando a vida dessas pessoas.
A pescadora Ingrid Ferreira Levi fala das transformações na vida da família após a chegada do programa “Mais Luz para a Amazônia” (MLA), do Governo Federal, implementado pela Amazonas Energia.
“A gente tinha um gerador e gastava em torno de R$ 300 por mês para ter energia por apenas duas horas por dia. Dava apenas para ligar a lâmpada e a televisão. Nem água gelada a gente tinha. Depois que colocaram as placas de energia solar, compramos geladeira, freezer e temos 3 ventiladores. Ninguém mais passa calor aqui”, falou Ingrid com um grande sorriso no rosto.
A energia constante também permitiu que Ingrid armazenasse peixes e vendesse no momento mais vantajoso, evitando desperdício de alimentos. Além disso, ela e seu marido, que fazem pequenos serviços, conseguiram aumentar significativamente sua renda.
Energia limpa muda a vida das pessoas
O programa “Mais Luz para a Amazônia”, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e executado pela Amazonas Energia, beneficiou 78 domicílios no Lago do Piranha, totalizando cerca de 400 pessoas. Essa energia limpa e renovável possibilitou a abertura de pequenos negócios, como tabernas, mercadinhos e venda de peixes, gerando fonte de renda para a comunidade e ajudando a conter o êxodo rural.
Rosa Soares de Moraes, moradora do Lago do Piranha há 54 anos, criou os seis filhos na localidade. Quando eles deixaram a casa da família em busca de uma vida melhor com energia farta, também deixaram para trás os pais saudosos.
“A gente dormia cedo. Eu queria ver novela, mas para assistir só um capítulo eu gastava dois litros de gasolina. Um dia assistia e passava vários dias sem ver. Acabava que eu não entendia nada. Agora, vejo novela todo dia, não penso em sair daqui porque minha filha deu um telefone celular rural pra gente falar com todo mundo. Ganhei uma máquina de lavar e posso guardar meu peixe para comer quando quiser. Antes, jantava cedo porque não tinha luz para catar o peixe”, falou com uma sonora gargalhada.
Outras áreas do Amazonas também serão beneficiadas pelo programa nos próximos meses, com a expectativa de alcançar cerca de 4.380 pessoas até agosto.
( * )Portal Meu Amazonas com informações da assessoria
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