Manaus (AM) – O governador Wilson Lima está liderando um movimento nacional pela revisão do modelo de financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), defendendo que o Amazonas receba tratamento diferenciado do governo federal, considerando as condições de acesso e logística únicas da região.
Na semana passada, a defesa dessa pauta trouxe a Manaus representantes do Ministério da Saúde (MS) e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A comitiva visitou o Barco Hospital São João XXIII, o serviço de UTI Aérea e o programa de Telessaúde, iniciativas que mostram os desafios e soluções criadas pelo estado para garantir atendimento médico nas áreas mais remotas — ações de grande alcance que ainda não contam com apoio federal.
Wilson Lima, que também é presidente estadual do União Brasil, propõe que o Ministério da Saúde reveja as portarias e critérios de repasse do SUS, incorporando o chamado “fator amazônico”. A proposta busca reconhecer a realidade de um território onde distâncias, cheias, vazantes e isolamento geográfico tornam a execução das políticas públicas mais complexa e cara.
“Minha luta é para que o Amazonas seja reconhecido como uma região estratégica na saúde pública nacional. Nosso objetivo é construir um novo pacto federativo que fortaleça os estados da Amazônia e garanta a continuidade das ações que já estão transformando o atendimento à população”, afirmou Wilson Lima.
A secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, destacou que o pleito não busca privilégios, mas critérios de repasse compatíveis com o custo real de operar na Amazônia. Segundo ela, as políticas nacionais ainda são criadas com base na realidade do Centro-Sul do país.
No Amazonas, o custo médio das ações básicas de saúde é até três vezes superior ao dos estados do Sudeste, devido à logística fluvial e aérea. “Enquanto em outros estados um hospital é abastecido por caminhões, aqui dependemos de balsas e aviões. A conta é diferente, e o financiamento precisa refletir essa realidade”, explicou.
Iniciativas inovadoras da saúde no Amazonas
Entre as ações que destacam o potencial de inovação do estado estão o Barco Hospital São João XXIII, inaugurado em dezembro de 2024, e o programa Saúde AM Digital, que oferece atendimento médico em 17 especialidades por videoconferência, com 92 telessalas em funcionamento em 36 municípios.
O serviço de UTI Aérea, um dos maiores do mundo, dispõe de oito aeronaves e uma central médica reguladora 24h, garantindo atendimento a pacientes em áreas sem acesso terrestre e ajudando a reduzir a mortalidade materna no interior.
“Essa é uma das nossas maiores conquistas, mas também um dos serviços mais onerosos. Por isso, defendemos uma divisão mais justa dos recursos federais”, reforçou Wilson Lima.
Reconhecimento e protagonismo nacional
O 2º vice-presidente estadual do União Brasil, Marcellus Campêlo, afirmou que o Amazonas tem se destacado nacionalmente pelo modelo de saúde inovador implantado pelo governo estadual.
“O governador Wilson Lima tem mostrado que é possível inovar e entregar resultados concretos, mesmo em condições adversas”, disse.
Com mais de 1,5 milhão de quilômetros quadrados, 62 municípios e milhares de comunidades acessíveis apenas por via fluvial, o Amazonas demonstra que é possível fazer saúde no coração da floresta, mas que isso exige investimentos compatíveis e políticas sob medida.
O 3º vice-presidente estadual do União Brasil, Sérgio Litaiff, reforçou que o Governo do Amazonas mantém o compromisso de garantir acesso à saúde nas regiões mais distantes, consolidando-se como referência nacional em inovação e gestão pública.
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