Festival Folclórico de Parintins: Uma Experiência Avassaladora!
Parintins (AM) – Uma pequena ilha no coração da floresta amazônica é o cenário para um dos eventos mais grandiosos do Brasil: o Festival Folclórico de Parintins. Este ano, o renomado ator Alexandre Nero teve a oportunidade de testemunhar de perto essa festa popular, que segundo ele se assemelha a um vulcão em erupção.
Em seu relato emocionante, Nero descreve a magnitude do festival, onde os bois Garantido e Caprichoso disputam o título com intensidade e criatividade.
O ator compartilhou suas impressões, destacando a grandiosidade do Festival de Parintins e convidando a todos a vivenciarem essa maravilhosa celebração cultural.
Confira abaixo o relato completo:
Ouço falar há anos. Todos que um dia vieram sempre dizem: “Tem que ir”. Aconteceu. Deu certo. Consegui vir, ouvir e ver. É mesmo IMPRESSIONANTE. ACACHAPANTE. Letras em caixa alta não conseguem expressar os sentidos. Nada consegue. Só mesmo estando aqui.
Uma pequena festa popular, feita numa ilha miúda longe de tudo no meio da floresta, que tomou para si a força de um vulcão em erupção e cospe fogo como se nunca fosse adormecer. Uma potência física que nunca tinha sentido. Um espetáculo que coloca o público literalmente em foco, como se estivesse no palco.
São julgados e somam, ou tiram, pontos do seu boi, uma saudável rivalidade que existe entre o “Boi Garantido” (vermelho) e o “Boi Caprichoso” (azul). São 3 apresentações de 2 horas e 30 minutos por dia, onde TUDO é modificado. Cenários, adereços, figurinos, coreografias e até mesmo arranjos.
A música, por motivos de convivência, me chamou atenção especial. Os 3 dias de apresentação somam um total de inacreditáveis 7 horas e 30 minutos de música ininterrupta, o que equivale a uma trilha sonora de quase 4 longa-metragens. É algo descomunal.
Com intervenções de toadas, versos e interpretações cênicas, transformam a orquestra de mais de 400 músicos numa gigantesca e exuberante ópera a céu aberto, com a mais requintada expressão popular, acrescido de carimbó, marujada, boi bumbá, gambá misturado a rock, pop e uma complexa teia de arranjos, instrumentos e completude erudita.
O chão literalmente treme, faz com que o coração arrebente e o arrepio seja inevitável. Saio de Parintins emocionado, com um orgulho de ser artista e, sobretudo, brasileiro. Vem junto na bagagem uma certa melancolia, a sensação de saber que poucas pessoas podem ou poderão conhecer essa que já é uma das minhas 7 maravilhas que vi, e certamente verei na vida.
A quem puder, faço coro e agora repito com causa de conhecimento o que sempre me disseram: “Festival @parintinsoficial. Tem que ir”. ❤️ 💙
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