A tokenização da castanha da Amazônia é uma inovação que une investimento financeiro e impacto socioambiental. A ideia é simples: transformar a produção de castanha em ativos digitais, permitindo que investidores apoiem cadeias sustentáveis da floresta e ainda tenham retorno financeiro.
Como funciona a tokenização de produtos da floresta
O projeto nasceu de uma parceria entre a fintech ForestiFi, de Manaus, e a Zeno Nativo, empresa paraense que atua com populações tradicionais no Rio Acará. Em abril, 1.850 quilos de castanha foram tokenizados, gerando R$ 114,7 mil em investimentos.
Foram vendidos 4.588 tokens a R$ 25 cada. O retorno previsto é de R$ 26,69 por token em cinco meses, o que representa valorização de R$ 7,7 mil sobre a safra.
Impacto direto para famílias extrativistas
Benefícios financeiros e sociais
O valor arrecadado vai direto para mais de 50 famílias extrativistas, responsáveis pela coleta da castanha. Esse modelo oferece acesso a crédito e oportunidades antes restritas a grandes produtores.
Governança e transparência
A operação vai além da tecnologia blockchain. Há análise de governança, segurança jurídica e contábil para garantir que os recursos cheguem às comunidades e que o investimento seja seguro.
Zeno Nativo e ForestiFi: startups que inovam na Amazônia
A Zeno Nativo, fundada por Zeno Gemaque e Coi Belluzzo, já beneficiou mais de 300 famílias e comercializou 15 toneladas de castanha desde 2012.
Já a ForestiFi se consolidou como referência em tokenização de ativos da natureza e recebeu reconhecimento internacional em Paris como uma das startups mais inovadoras em sustentabilidade.
Produção sustentável e valorização da sociobiodiversidade
A tokenização fortalece cadeias sustentáveis e combate práticas nocivas como desmatamento e garimpo. Além disso, amplia a valorização de produtos amazônicos, como cacau nativo, guaraná selvagem e pirarucu de manejo.
Reconhecimento internacional da ForestiFi
O trabalho já captou quase meio milhão de reais em diferentes campanhas de tokenização. O destaque rendeu à startup o selo de inovação da Change 100, apoiada por empresas como Microsoft e Techstars.
O futuro da tokenização na bioeconomia amazônica
Com a experiência positiva, as startups planejam expandir a tokenização para outros produtos, como cacau, fortalecendo ainda mais a bioeconomia e garantindo floresta em pé com geração de renda.
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