Manaus (AM) – Na manhã desta terça-feira (30), os trabalhadores da educação do Amazonas rejeitaram a proposta de aumento salarial de 14% apresentada pelo governo e decidiram permanecer em greve. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado (Sinteam) após uma assembleia com a categoria.
Proposta de aumento salarial em partes é rejeitada
Durante uma reunião realizada na segunda-feira (29), o governo propôs que o aumento salarial de 14% fosse dividido em duas partes, sendo 8% pagos de forma imediata e 6% em julho. No entanto, essa proposta representa um reajuste 16% inferior ao que a categoria reivindica, que é de 25%. Por esse motivo, os profissionais da educação decidiram rejeitar a proposta apresentada pelo estado.
Reivindicações da greve e bloqueio de contas
Na mesma reunião com o governo, o Sinteam solicitou a remoção das faltas e descontos aplicados aos grevistas, além de progressões por tempo de serviço e títulos. No entanto, a Justiça do Amazonas bloqueou as contas do Sinteam e de todas as representações do sindicato no interior, autorizando também o desconto das faltas dos trabalhadores em greve.
Recursos judiciais e doações para os trabalhadores
O sindicato informou que vai recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça e pediu doações de cestas básicas para os trabalhadores que tiveram os maiores descontos em seus salários devido à greve.
Grevistas protestam em frente à sede do Governo do Amazonas
Os trabalhadores da rede pública estadual estão em greve desde o dia 17 de maio, liderados pelo Sinteam. Na segunda-feira (29), um grupo de manifestantes realizou um protesto em frente à sede do Governo do Estado, em Manaus, resultando em alterações no trânsito local.
Reivindicações dos profissionais em greve
Os profissionais em greve, incluindo merendeiros, servidores administrativos, vigias, profissionais de serviços gerais, professores e pedagogos, reivindicam um reajuste salarial de 25%.
Além disso, o Sinteam também solicita aumentos nos valores do vale-alimentação e auxílio-localidade, revisão do Plano de Cargos Carreira e Remuneração, e manutenção do plano de saúde com extensão para os aposentados.
Negociações sem acordo e continuidade da greve
Após duas reuniões entre representantes do sindicato e do Governo do Amazonas, não foi alcançado um acordo. O governo ofereceu um reajuste de apenas 8%, o que levou os profissionais da educação a decidirem pela manutenção da greve.
Deputado pede que governo do AM devolva valores descontados
O deputado estadual Thiago Abrahim (União Brasil) solicitou ao governo do Amazonas, que os descontos indevidos nos salários dos professores que aderiram à greve, neste mês de maio, retornem, de imediato, aos profissionais da Educação.
Para Thiago, a devolução do dinheiro descontado representa a “boa fé” do governo na negociação com a categoria, que já está na terceira semana de greve.
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