Laudo contesta versão: Polícia Civil investiga execução no Alemão
Rio de Janeiro (RJ) – A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou Yago Rodrigues Rosário, de 22 anos. Este homem teve a cabeça separada do corpo e pendurada em uma árvore durante a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, realizada no último dia 28. Contudo, a investigação se concentra agora nos detalhes da decapitação e na hipótese de execução interna.
A Polícia Civil afirmou que Yago não tinha anotações criminais formais. Entretanto, a inteligência policial descobriu que ele compartilhava, em redes sociais, conteúdos diretamente relacionados ao Comando Vermelho (CV). Além disso, no momento da morte, Yago vestia uma farda camuflada, vestimenta comum entre integrantes da facção.
Moradores da região chegaram a afirmar que policiais teriam realizado a decapitação, gerando forte tensão. Dessa forma, o laudo pericial torna-se a peça central da investigação.
Perícia Contesta: Execução e o Crime Organizado
O que aponta a investigação sobre a decapitação?
A investigação da Polícia Civil trabalha com a hipótese de que rivais dentro do próprio Comando Vermelho realizaram a decapitação. Tais ações visam, em geral, sustentar a narrativa de que as mortes na operação são resultado de abusos policiais. Essa é uma prática conhecida como “queima de arquivo” ou execução interna.
Nesta quarta-feira (5/11), o laudo pericial, conforme divulgado pelo jornal Metrópoles, detalhou a causa da morte. O documento apontou que Yago foi atingido por um disparo de baixo para cima, na região inferior do abdômen. O tiro atravessou o corpo e saiu pelas costas, causando danos no fígado, pulmão direito e estômago.
Decapitação Pós-Tiro
Mais importante, a perícia indicou que a cabeça acabou separada enquanto ainda havia circulação sanguínea. Fontes policiais confirmam que o procedimento ocorreu poucos minutos após o disparo. Este é o tempo médio para uma pessoa perder todo o sangue após ser atingida por tiro de fuzil.
A avaliação se baseia no cenário de confronto intenso. Isso ocorre porque, segundo as investigações, Yago atuava na linha de frente da facção. Portanto, estava cercado de comparsas. Com isso, tornaria-se improvável que um policial tivesse alcançado o corpo imediatamente após o tiro para realizar a decapitação.
Contexto Amazonense: Impacto das Facções
Embora o caso ocorra no Rio de Janeiro, ele ressalta a complexidade e a violência das táticas do crime organizado. O Comando Vermelho tem presença consolidada no Amazonas. Por consequência, a tática de execução e intimidação demonstrada no Rio de Janeiro reflete o padrão de ação que a Segurança Pública amazonense monitora em seu território. O foco é garantir que as forças de segurança mantenham a capacidade de resposta contra tais facções
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