Foram confirmadas as mortes de nove traficantes do Amazonas na megaoperação realizada nesta terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Até o momento, apenas dois tiveram suas identidades divulgadas: Douglas Conceição de Souza, o “Chico Rato”, e Francisco Myller Moreira da Cunha, conhecido como “Gringo”, apontados pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, como chefes do tráfico em Manaus.
Quem é “Chico Rato”
Douglas Conceição de Souza, o Chico Rato, tinha 32 anos e um histórico de crimes violentos. Em 2018, foi preso pelo homicídio qualificado dos irmãos Isaías dos Santos Rabelo e Hilmes Souza Rabelo Filho, ocorrido em 4 de dezembro de 2017 em Manaus. No ano seguinte, a Justiça do Amazonas o condenou a 40 anos de prisão.
À época do homicídio, Douglas cumpria pena em regime semiaberto pelo crime de porte ilegal de arma. Ele ainda respondia a outra ação do Ministério Público, acusado de homicídio no bairro Tancredo Neves, em 1º de agosto de 2017.
O então delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Juan Valério, afirmou que Chico Rato era o chefe do tráfico na região do Tancredo Neves. A polícia também destacou que ele era próximo do narcotraficante João Branco, um dos líderes da extinta facção Família do Norte (FDN). Nos anos seguintes, Chico Rato se integrou ao Comando Vermelho (CV), ascendendo na hierarquia criminosa.
Quem é “Gringo”
Francisco Myller Moreira da Cunha, o Gringo, era natural de Eirunepé, interior do Amazonas, e completou 32 anos um dia antes da megaoperação. Segundo a Justiça do Amazonas, ele estava foragido desde abril de 2024, após ser condenado a 34 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de homicídio e organização criminosa.
De acordo com o inquérito policial que originou a denúncia do Ministério Público do Amazonas, em 8 de agosto de 2021, Gringo e outras cinco pessoas invadiram a casa de Samuel Paz de Andrade e o executaram com múltiplos tiros enquanto a vítima dormia, sem chance de defesa. O crime foi motivado por conflitos entre facções criminosas.
Contexto da megaoperação
Além dos traficantes do Amazonas, a operação deixou 117 mortos, incluindo líderes de outras regiões e 4 agentes — dois civis e dois militares — que também morreram durante a ação. Desde terça-feira, agentes do Instituto Médico-Legal (IML) do Rio realizam força-tarefa para identificação dos corpos.
Segundo o governador Cláudio Castro, das 59 pessoas identificadas até o momento, todas possuíam histórico criminal, e 22 eram naturais de outros estados, incluindo Pará, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Ceará e Paraíba.
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