Novo Aripuanã (AM) – O comandante da Polícia Militar de Novo Aripuanã foi preso preventivamente após agredir duas mulheres e disparar uma arma de fogo em via pública. O caso ocorreu no último dia 27 de abril, no sul do Amazonas, e ganhou repercussão após a divulgação de vídeos do momento da agressão.
A prisão ocorreu durante a operação Feridas na Alma, deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) nesta segunda-feira (5). A ação foi conduzida pela Promotoria de Justiça de Novo Aripuanã, com apoio das 60ª e 61ª Promotorias de Justiça do Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública (Proceapsp).
Quatro mandados judiciais foram cumpridos
Durante a operação, o MPAM cumpriu quatro mandados: um de prisão preventiva e um de busca e apreensão em Manaus, além de dois mandados de busca em Novo Aripuanã.
Segundo as investigações, o comandante, fora de serviço no momento do fato, empurrou uma mulher que caiu no chão e, em seguida, efetuou disparo com arma de fogo. Antes disso, ele também teria agredido outra mulher com um tapa no tórax e utilizado spray de pimenta contra ela.
Ação foi classificada como violência de gênero
A promotora de Justiça Jéssica Vitoriano Gomes, que conduz o caso no município, afirmou que o policial “atuou de forma truculenta contra duas mulheres”. O MP aponta os crimes de lesão corporal qualificada por motivo de gênero, dano qualificado (por quebra de celulares das vítimas) e disparo de arma de fogo fora do padrão da PM.
“A prisão foi requerida como resposta proporcional à conduta inaceitável de um servidor público”, declarou a promotora.
Denúncias motivaram operação Feridas na Alma
O promotor Armando Gurgel Maia, da 60ª Proceapsp, destacou que o mandado de prisão teve como base provas em vídeo e áudio. “O policial se envolveu em agressões exclusivamente contra mulheres, o que evidenciou uma clara violência de gênero”, disse.
De acordo com a investigação, a confusão começou após a funcionária de um comércio se recusar a vender bebidas alcoólicas fiado, sugerindo que o cliente consultasse o dono do estabelecimento. O policial então iniciou a discussão e passou às agressões.
O comandante permanece preso preventivamente, por decisão judicial, enquanto seguem as apurações do caso.
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