Manaus (AM) – João Pedro de Oliveira Rosa Rodrigues, conhecido como “Paulista”, foi condenado a 168 anos de prisão pela 1.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus. O julgamento ocorreu na quinta-feira (03/07), no Fórum Ministro Henoch Reis. Ele foi acusado de participar de uma chacina que deixou quatro mortos e seis feridos na antiga Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, em 8 de janeiro de 2017.
Segundo o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), o crime teria sido motivado por vingança, em represália à chacina ocorrida dias antes no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), quando mais de 50 detentos foram assassinados por integrantes de uma facção rival.
Condenação por chacina na Cadeia Pública de Manaus
João Pedro foi responsabilizado pelas mortes de Tássio Caster de Souza, Rildo Silva do Nascimento, Fernandes Gomes da Silva e Rubiron Cardoso de Carvalho. Ele também foi condenado pelas tentativas de homicídio contra Márcio Pessoa da Silva, Anderson Gustavo Ferreira da Silva, Omar Melo Filho, Leandro da Silva Araújo, Bruno Queiroz Ribeiro e Fabiano Ferreira da Silva.
Além dos crimes de homicídio e tentativa de homicídio, ele também foi condenado por vilipêndio a cadáver e motim de presos.
Réu nega crimes, mas é condenado por homicídios e motim
Durante o julgamento, o réu foi interrogado presencialmente e negou a autoria dos crimes, diferente do que havia afirmado na fase de instrução. Apesar da defesa sustentar a tese de negativa de autoria e pedir clemência, os jurados acataram os argumentos do Ministério Público.
O representante do MP-AM, promotor Marcelo Bitarães, reforçou a participação de João Pedro com base em vídeos e depoimentos colhidos nas investigações.
Sentença totaliza 174 anos e 4 meses de prisão
Ao final da sessão, presidida pelo juiz Diego Daniel Dal Bosco, o réu foi condenado a 168 anos de prisão por homicídios consumados e tentados, além de mais 6 anos e 4 meses por vilipêndio e motim. O juiz determinou o cumprimento imediato da pena em regime fechado.
O réu já cumpre outras penas, somando 24 anos e oito meses por condenações anteriores. Ele permanece preso no sistema penitenciário da capital.
A sentença ainda é passível de recurso.
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