Manaus (AM) – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) apresentou, nesta segunda-feira, o caso do ex-lutador de 31 anos preso por manter a ex-companheira, uma mulher norte-americana, em cárcere privado, impedir que ela realizasse exames pré-natais e obrigá-la a dar à luz dentro de casa. O caso, conduzido pela Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM) centro-sul, acabou conhecido durante coletiva de imprensa.
De acordo com a delegada Priscilla Orberg, a vítima conheceu o agressor anos atrás, quando retornou ao Brasil — país onde morou na adolescência — e manteve com ele um relacionamento de cinco anos. As agressões começaram durante a gravidez.
Parto forçado dentro de casa e agressões durante a gestação
Segundo a delegada, a vítima procurou a delegacia no final de agosto para denunciar agressões físicas e ameaças. Ela relatou que, durante o trabalho de parto, o agressor a impediu de ir ao hospital, proibiu a realização dos exames pré-natais e a manteve isolada. A mulher deu à luz sozinha, dentro da residência, sem qualquer assistência médica.
“Ela entrou em trabalho de parto e o autor a proibiu de ir ao hospital. A vítima acabou dando à luz em casa, sob imposição dele”, afirmou Priscilla Orberg.
No momento da denúncia, a mulher informou que o bebê ainda não tinha sido registrado. A PC-AM mobilizou assistência social e jurídica para garantir a documentação da criança e assegurar acompanhamento especializado.
Descumprimento de medidas protetivas e invasão da casa da vítima
Após relatar as agressões, a vítima solicitou medidas protetivas, que terminaram deferidas pela Justiça. Mesmo assim, no dia 17 de novembro, o ex-lutador invadiu a casa da mulher, enviou mensagens com conteúdo de violência psicológica e voltou a ameaçá-la.
A vítima não estava em casa no momento. Ela soube da invasão porque recebeu aviso de vizinhos — pessoas que fazem parte da sua rede de apoio em Manaus.
“Mesmo sendo estrangeira, ela conta com vizinhos e pessoas de confiança. Foram eles que a alertaram sobre a invasão”, destacou a delegada.
A prisão e o histórico de violência
A Polícia Civil representou pela prisão preventiva do autor. O mandado teminou cumprido no bairro Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus.
Durante a investigação, a DECCM identificou que o agressor já tinha registros anteriores de violência doméstica contra outra mulher.
“Constatamos que ele possui histórico de violência doméstica e familiar contra outra vítima”, informou Orberg.
Crimes investigados e encaminhamento à Justiça
O ex-lutador deve responder por:
- descumprimento de medida protetiva
- violência psicológica
- invasão de domicílio
- cárcere privado (investigação já instaurada)
Ele permanece à disposição da Justiça.
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