Manaus – O juiz da 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, Fábio Lopes Alfaia, determinou que o venezuelano Luís Domingos Siso seja submetido a júri popular.
Ele é acusado de triplo homicídio duplamente qualificado, com emprego de fogo e perigo comum, além de impossibilidade de defesa das vítimas, identificadas como Stefani do Nascimento Lima, Carlos Henrique da Silva Pontes e Henison Diego da Silva Mota.
Luís Domingos também responderá por tentativa de homicídio qualificado contra Andrielen Mota de Assis, que sobreviveu ao ataque.
Na decisão, publicada no processo de Ação Penal n.º 0737370-15.2022.8.04.0001, no dia 8 de setembro de 2024, o magistrado manteve a prisão preventiva do réu. A data do julgamento de Luís Domingos ainda não foi definida, pois o trânsito em julgado da decisão de pronúncia precisa ocorrer, sendo possível recurso por parte da defesa.
O crime e as consequências
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas, o crime aconteceu no dia 16 de agosto de 2022, por volta das 14h, na Rua dos Barés, no Centro de Manaus.
Luís Domingos Siso teria chegado ao local em um táxi, portando um galão de gasolina. Ele entrou na casa lotérica onde as vítimas Stefani do Nascimento Lima, Carlos Henrique da Silva Pontes, Henison Diego da Silva Mota e Andrielen Mota de Assis estavam trabalhando.
Conforme o inquérito policial, Luís Domingos ateou fogo no local, resultando na morte de Stefani, Carlos e Henison. Andrielen Mota de Assis foi a única sobrevivente, mas sofreu graves queimaduras e ficou internada por 41 dias. Após o ataque, o acusado foi detido e agredido por populares até a chegada da polícia.
Desdobramentos do caso
O crime chocou a população de Manaus e ganhou repercussão devido à brutalidade e à motivação aparentemente premeditada.
A prisão preventiva de Luís Domingos foi decretada logo após o incidente, e desde então, ele aguarda julgamento.
Além do triplo homicídio qualificado, o réu será julgado por tentativa de homicídio qualificado contra Andrielen, que sobreviveu após um longo período de internação hospitalar. A defesa de Luís Domingos ainda pode recorrer da decisão de levá-lo a júri popular.
O desfecho do caso será aguardado com expectativa, dado o impacto social causado pelo crime, que evidenciou questões de segurança pública.
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