Manaus–AM – O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia à Justiça Federal, na última quinta-feira (10), contra três acusados de crimes ambientais investigados na Operação Smoke, deflagrada pela Polícia Federal (PF) no final de setembro.
A operação visa combater o desmatamento e a degradação ambiental na zona rural de Boca do Acre, no Amazonas.
Um dos denunciados, identificado como produtor rural, é acusado de promover desmatamento ilegal, uso de fogo em áreas protegidas e falsificação de documentos públicos. Além dele, outros dois indivíduos terminaram denunciados por envolvimento na falsificação de documentos.
Operação Smoke e o impacto ambiental no Amazonas
A Operação Smoke, que iniciou a partir de investigações solicitadas pelo MPF, revelou a destruição ilegal de 903,22 hectares de floresta nativa, além de outras infrações ambientais, ocorridas entre abril de 2021 e setembro de 2024. A operação reflete um esforço contínuo para combater crimes ambientais na região amazônica, em consonância com uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF).
STF e as medidas de combate a incêndios na Amazônia
A ação faz parte de uma série de operações desencadeadas após a decisão do STF, que exigiu que a União apresentasse, em 90 dias, um plano de prevenção e combate a incêndios na Amazônia e no Pantanal, contendo metas, monitoramento e estatísticas.
No dia 30 de setembro, durante a execução da operação, acabaram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, além da prisão preventiva de suspeitos envolvidos nas atividades ilegais.
Essas medidas buscam desarticular grupos que atuam na degradação ambiental, contribuindo para a preservação da floresta amazônica e a redução dos índices de desmatamento.
Leia mais:
- Ateliê 23 abre a programação de espetáculos do mês de fevereiro em Manaus
- MPF exige que Funai garanta presença em Barcelos para proteger Yanomami
- MPAM e PC-AM usam DNA para localizar desaparecidos no Amazonas
- Cooperação e integração, a chave da prosperidade na Amazônia
- Cidades Alagadas: O alto custo da falta de planejamento urbano