Parintins (AM) – A Polícia Federal (PF) indiciou cinco ex-agentes públicos nesta quarta-feira (27) após a conclusão do inquérito da Operação Tupinambarana Liberta, em Parintins (AM). Eles vão responder por organização criminosa, corrupção eleitoral e abolição do Estado Democrático de Direito.
Fraude eleitoral em Parintins
As investigações mostraram que o grupo criminoso usou parte da estrutura do governo estadual, com apoio de policiais, para favorecer uma chapa que disputava a Prefeitura de Parintins. Entre as práticas identificadas estão compra de votos e ações para restringir o direito ao voto.
O inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público Eleitoral, que vai decidir pelas medidas judiciais cabíveis. A soma das penas pode chegar a 20 anos de prisão.
Como começou a investigação
A apuração teve início em setembro de 2024, após denúncia apresentada pelo Ministério Público Eleitoral de Parintins. O órgão relatou que líderes comunitários ligados a uma facção criminosa nacional estariam ameaçando eleitores e impedindo a circulação de candidatos em determinados bairros.
Envolvimento de ex-agentes públicos
Segundo a PF, houve omissão deliberada de agentes públicos para beneficiar a candidatura favorecida. A corporação também encontrou provas de que o grupo monitorava adversários políticos e até mesmo os deslocamentos de equipes da própria Polícia Federal.
Operação Tupinambarana Liberta
A operação foi deflagrada em 3 de outubro de 2024, com apoio da Corregedoria da Polícia Militar do Amazonas, que acompanhou o cumprimento das ordens judiciais contra os policiais militares investigados.
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