Manaus (AM) – Um novo capítulo pode se abrir no Caso Djidja Cardoso, um dos mais comentados no Amazonas. Um vídeo inédito, apresentado pela defesa, levanta suspeitas sobre a atuação da polícia durante a operação no salão Belle Femme, no bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus.
As imagens mostram os policiais desligando a caixa de energia elétrica no momento da diligência. Para a defesa, essa conduta é inadequada e compromete a legalidade da operação.
“Se havia um mandado judicial, por que não continuar gravando? Esse registro seria o respaldo mais legítimo da ação policial”, questiona o advogado Luke Pacheco.
O caso envolve denúncias de tráfico de drogas, cárcere privado e suposta ligação com uma seita religiosa. O uso de cetamina no salão também é citado. No entanto, os advogados afirmam que não há provas suficientes para sustentar as acusações.
“Estamos diante de um processo com graves inconsistências. O que se vê são pessoas usuárias, não traficantes”, afirmou a advogada Nauzila Campos, que defende a maquiadora Claudiele Santos.
Outro ponto questionado é a demora na anexação dos laudos toxicológicos. Os documentos, finalizados em junho de 2024, só foram incluídos no processo em novembro, pouco antes da sentença. Os exames indicam um total de apenas 11ml de substância, o que, segundo a defesa, reforça a tese de uso pessoal.
Com a nova prova em vídeo, os advogados esperam que o caso seja reavaliado e que a sentença, considerada desproporcional, possa ser revista.
“A condenação é alta e não condiz com a realidade processual. Esperamos que a Justiça reveja o processo com isenção e responsabilidade”, conclui Pacheco.
O Caso Djidja Cardoso, que ganhou ampla repercussão em 2024, segue no centro das atenções, agora com expectativa de novos desdobramentos na Justiça.
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