São Paulo (SP) – Neste domingo, a Avenida Paulista, em São Paulo, foi palco de manifestações políticas convocadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O movimento reuniu milhares de pessoas e contou com apoio de autoridades e políticos da direita entre eles o presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, senador Flávio Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas e o pastor Silas Malafaia, além dos governadores de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Convocação
O ato, que abrangeu aproximadamente seis quarteirões da avenida, ocorreu em um contexto marcado por investigações sobre a suposta participação do ex-presidente Jair Bolsonaro em uma tentativa de golpe de Estado.
Políticos do Amazonas
Líderes políticos do Amazonas marcaram presença no evento, incluindo o Deputado Federal Capitão Alberto Neto, os Deputados Estaduais Delegado Péricles e Débora Menezes, o Delegado Costa e Silva, bem como os políticos Coronel Menezes e Arthur Neto, todos alinhados com os movimentos e ideais da direita no estado do Amazonas.
“Foi um dia emocionante, poder representar a direita amazonense neste momento histórico. Nosso ato democrático reuniu milhares de brasileiros num único objetivo, defender o Brasil deste governo de esquerda, mostrar que não aceitamos ditatura, abuso de autoridade e nem perseguição contra a direita. Somos um país livre e a democracia vai prevalecer no nosso país”, declarou Alberto Neto.
Defesa da Anistia
Durante seu discurso, Bolsonaro defendeu a anistia aos presos vinculados aos tumultos de 8 de janeiro em Brasília e clamou por “pacificação” e “justiça”, lançando um apelo à consciência nacional.
“Convidei vocês, e estou orgulhoso e grato por terem aceitado meu convite para fazermos essa fotografia, essa imagem para o mundo do que é a garra e a força do povo brasileiro, das cores da nossa bandeira, e a emoção quando ouvimos nosso hino. Vocês nos trazem esperança, energia, garra e a determinação para vencer”, enfatizou Bolsonaro.
“O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar maneira de nos vivermos em paz.” – Jair Bolsonaro
Negativas
Bolsonaro negou qualquer envolvimento em tentativas de golpe, desafiando as acusações da PF e considerando-as ataques à sua reputação e à democracia brasileira.
“Nada disso foi feito no Brasil. Fora isso, por que continuam me acusando de golpe?” – Jair Bolsonaro
Presença de Aliados e Autoridades Políticas
O evento contou com a presença de apoiadores e aliados políticos, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que expressou sua gratidão ao ex-presidente em um discurso emocionado.
“Você representa um movimento. Você não é mais um CPF, você não é mais uma pessoa, você representa um movimento.” – Tarcísio de Freitas
Discurso de Silas Malafaia
O pastor Silas Malafaia também fez uma intervenção, criticando as investigações contra Bolsonaro e descrevendo-o como “o maior perseguido político da nossa história”.
“Essa perseguição é inaceitável! Bolsonaro é o maior perseguido político da nossa história. Estão tentando calar a voz do povo brasileiro através dele, mas nós não vamos nos calar!” – Pastor Silas Malafaia
Apontamentos da Polícia Federal sobre Bolsonaro:
- Bolsonaro recebeu e pediu ajustes na minuta do golpe, elaborada com o objetivo de anular o resultado da eleição e prever a prisão de autoridades.
- Teria convocado generais e comandantes das Forças Armadas para pressioná-los a aderir ao golpe.
- Mantido uma estrutura de inteligência paralela para monitorar opositores e autoridades.
- Teria pressionado ministros a promover desinformações sobre o sistema eleitoral brasileiro.
- Organizado uma reunião ministerial para discutir estratégias para assegurar sua vitória nas eleições.
- Agido em seis núcleos para organizar a tentativa de golpe, incluindo ataques virtuais, à instituições e às vacinas contra a Covid-19.
- Usado o partido PL para financiar narrativas que atacavam as urnas eletrônicas.
- Recebido apoio de pessoas próximas para organizar e financiar atos golpistas que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro.
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