Na delação premiada à Polícia Federal (PF), o ex-policial militar Ronnie Lessa afirmou que o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) está ligado ao assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes em 2018.
Essa menção direta ao parlamentar resultou na transferência do caso do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para o Supremo Tribunal Federal (STF), como informado por fontes com acesso ao inquérito. As informações foram veiculadas pelo Jornal o Estado de São Paulo.
Na última terça-feira, 19, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, revelou que o STF homologou a delação premiada concedida por Lessa, ex-policial militar. Esse procedimento confere validade às declarações do ex-PM, que agora deve colaborar com os investigadores na busca por evidências que corroborem suas afirmações.
A confirmação sobre se Brazão foi o mandante do crime ainda não foi estabelecida, mas Lewandowski sugere que a elucidação do caso está próxima.
Na quinta-feira passada, dia 14, completaram-se seis anos do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. Apesar da prisão dos suspeitos de serem o autor dos disparos e o motorista na noite de 17 de março de 2018, no Rio de Janeiro, ainda não se sabe quem encomendou o assassinato de Marielle.
De acordo com as investigações do caso, o executor do crime teria mencionado Domingos Inácio Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE), como o mentor intelectual dos assassinatos, conforme reportagem do site The Intercept Brasil.
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