Manaus (AM) – A Polícia Federal prendeu nesta sexta (31) dois suspeitos de envolvimento em ameaças contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e seus familiares.
Um deles é o fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira, 42 anos. O irmão dele, Oliverino de Oliveira Júnior, foi preso pela mesma situação em São Paulo (SP). Os mandados de prisão foram solicitados pela PGR.
Raul, que é segundo-sargento da Marinha da ativa, estava em casa, na região da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro (RJ), quando foi detido por uma equipe da PF. Integrantes da Marinha do Brasil também acompanharam os cumprimentos dos mandados.
As prisões foram realizadas por ordem de Moraes em São Paulo e no Rio de Janeiro. Também foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas duas cidades.
Em nota, Moraes reproduziu trecho de pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), que cita “a gravidade das ameaças veiculadas, sua natureza violenta e os indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas evidenciam […] o perigo concreto de que a permanência dos investigados em liberdade põe em risco a garantia da ordem pública”. “A medida é, assim, proporcional, ante o risco concreto à integridade física e emocional das vítimas”, completa.
As medidas contra os suspeitos foram solicitadas pelo titular da PGR, Paulo Gonet, e determinadas pelo próprio Moraes.
Segundo nota do ministro, o pedido da PGR diz que “o conteúdo das mensagens, com referências a comunismo e antipatriotismo, evidencia com clareza o intuito de, por meio das graves ameaças a familiares do ministro Alexandre de Moraes, restringir o livre exercício da função judiciária pelo magistrado do Supremo Tribunal Federal à frente das investigações relativas aos atos que culminaram na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito”.
Com informações da Folha Press.