Manaus (AM) – No Dia Mundial da Esclerose Múltipla, o deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) cobra agilidade do Governo do Amazonas na compra de medicamentos para o tratamento dos portadores da doença no estado. A cobrança atende a um apelo da Associação dos Portadores da Esclerose Múltipla no Amazonas (Apeam).
De acordo com o deputado, o estado tem o dever de cumprir o que determina emenda objetiva suplementar, de autoria do Poder Legislativo, no valor de R$ 4.055.000,00 destinada à aquisição de remédios essenciais para cerca de 200 pessoas diagnosticadas com a doença no Estado.
A emenda, indicada por todos os parlamentares da Casa Legislativa, visa atender os portadores da esclerose múltipla com a compra de medicamentos de alto custo autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ainda não disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o deputado, os medicamentos são fundamentais para controlar os sintomas e reduzir a progressão da doença. Ele destacou que o Estado precisa priorizar tais pacientes.
Tratamento caro
O recurso de R$ 4.055.000,00 provém do Fundo Estadual de Saúde e é direcionado à Central de Medicamentos do Amazonas (CEMA), responsável pela compra dos medicamentos, incluindo o Ocrevus, que custa R$ 45.165,00 por caixa e é administrado duas vezes ao ano. Dependendo da receita médica, o tratamento pode resultar em despesas que ultrapassam R$ 90 mil.
Para a presidente da Apeam, Rosa Medeiros, o acesso aos medicamentos ainda é um grande obstáculo enfrentado pelos portadores de Esclerose Múltipla no Amazonas. Ela destacou que muitos portadores precisam recorrer à justiça para ter acesso à medicação.
O que é esclerose múltipla?
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica, progressiva e autoimune. Ela causa lesões no cérebro e na medula, resultando em sintomas como perda de força em um ou mais membros, dormência nos pés e nas mãos, vertigem, tremores, alterações na fala, dificuldade para caminhar e desequilíbrio.
O diagnóstico mais confiável da Esclerose Múltipla é realizado por meio de ressonância magnética de imagem (RMI), que permite identificar a doença em estágios iniciais.