Acordo entre MIDR e Amazonas quer transformar lixo em solução — e não só em promessas
Manaus (AM) – Parece que, finalmente, o lixo de Manaus ganhou o status que merece: o de problema crônico com potencial de virar solução sustentável. Nesta sexta-feira (4), o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) assinou um acordo com a Companhia Amazonense de Desenvolvimento e Mobilização de Ativos (CADA) para estruturar um plano de gestão de resíduos sólidos na região metropolitana da capital.
A parceria, conduzida pela Secretaria Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros (SNFI), promete mais do que boas intenções: prevê cooperação técnica, participação do setor privado e — veja só — o envolvimento direto do Governo do Amazonas, que finalmente se compromete a entrar com o que sempre faltou por aqui: apoio financeiro e político.
Lixo tratado com seriedade
A ideia é montar um modelo de tratamento de resíduos que una municípios em consórcio — ou seja, juntos no problema e, se tudo der certo, na solução.
“O estado pode e vai assumir o custo da estruturação do projeto”, afirmou Denilson Campello dos Santos, diretor do Departamento de Parcerias com o Setor Privado da SNFI, que tenta convencer a todos de que, desta vez, o papel vai sair da gaveta.
Com o apoio do Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável (FDIRS), a promessa é viabilizar parcerias público-privadas (PPPs) que tirem a gestão do lixo das mãos da improvisação e a coloquem num plano minimamente moderno — com contrato, metas e fiscalização.
Um experimento que quer virar modelo
O projeto-piloto deve servir como vitrine para o resto do estado. Se o modelo vingar, pode ser replicado em outros municípios do Amazonas, transformando o que hoje é um dos maiores passivos urbanos em política pública de verdade.
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