Manaus (AM) – O corpo bem definido escondia um histórico judicial grave. Aos 52 anos, Dinamar da Silva Teixeira — conhecido como “Mazinho” — tentava levar uma vida comum em Manaus, trabalhando como personal trainer em uma academia no bairro Adrianópolis, zona centro-sul da cidade. Mas a Justiça alcançou o que os músculos não esconderam: ele foi condenado a nove anos e quatro meses de reclusão por estupro de vulnerável.
O crime aconteceu em dezembro de 2020, em Rio Branco, no Acre. A vítima era uma criança de apenas 5 anos de idade. A sentença definitiva foi expedida pela 2ª Vara da Infância e da Juventude de Rio Branco em 28 de março deste ano. Desde então, Dinamar era considerado foragido.
Captura ocorreu durante expediente
A prisão foi realizada por policiais civis da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) e da 53ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Santo Antônio do Içá, com apoio da Polícia Civil do Acre (PCAC).
Segundo a delegada Juliana Tuma, titular da Depca, a captura aconteceu por volta das 16h da sexta-feira (4), enquanto o condenado trabalhava em uma academia frequentada por moradores da elite manauara.
— O infrator estava foragido da Justiça e foi localizado em uma academia onde atuava como personal trainer — afirmou a delegada.
Agora sob custódia da Justiça
Após a prisão, Dinamar, levado à sede da Depca, no bairro Aleixo, passou por audiência de custódia. Ele segue à disposição da Justiça para início do cumprimento da pena em regime fechado.
O caso expõe a fragilidade do sistema de controle de antecedentes para atuação profissional em áreas de confiança, como academias e escolas, e reforça o papel das polícias na identificação e prisão de foragidos condenados por crimes sexuais contra crianças.