Manaus (AM) – De 1º de janeiro a 8 de março de 2025, o Amazonas registrou 10 mortes por Covid-19, além de 1 óbito por parainfluenza e 1 por rinovírus, totalizando 12 óbitos por vírus respiratórios no período. Os dados foram divulgados pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), nesta segunda-feira (10). O documento completo está disponível no site oficial da FVS-RCP: www.fvs.am.gov.br.
No mesmo período, foram notificados 646 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), dos quais 206 foram confirmados como causados por vírus respiratórios. Em comparação ao mesmo intervalo de 2024, houve uma redução de 22,3% nos casos de SRAG por vírus respiratórios, que totalizaram 265 no ano anterior. Além disso, os óbitos por SRAG relacionados a vírus respiratórios caíram 60% em relação a 2024, quando foram registrados 30 mortes.
Perfil dos casos e vírus mais comuns
Nas últimas três semanas (16/02 a 08/03), as faixas etárias mais afetadas foram: pessoas com 60 anos ou mais (30,1%), menores de 1 ano (23,3%), 1 a 4 anos (15,5%), 20 a 39 anos (10,7%), 40 a 59 anos (10,2%), 5 a 9 anos (7,3%) e 10 a 19 anos (2,9%).
Os vírus respiratórios mais identificados em amostras laboratoriais analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM) foram: rinovírus (48,9%), coronavírus SARS-CoV-2 (34%), influenza B (11,5%), adenovírus (8,1%) e influenza A (2,8%).
Estratégias de atendimento e prevenção
A secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, destacou que a rede de assistência hospitalar do Amazonas tem implementado estratégias essenciais para o controle de SRAG, incluindo triagem de sintomáticos respiratórios, testagem rápida para Covid-19, exames laboratoriais para identificação de outros vírus, exames de imagem e tratamento adequado conforme o quadro clínico.
A SES-AM reforça a importância de medidas preventivas, como hidratação, uso de máscara e busca por atendimento em Unidades Básicas de Saúde ao apresentar sintomas gripais. Em casos graves, a população deve procurar atendimento hospitalar. O estado conta com 17 unidades de referência para o tratamento de SRAG.
Orientações da FVS-RCP
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, enfatizou a necessidade de adotar medidas preventivas, como higienização frequente das mãos, etiqueta respiratória (cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar) e evitar aglomerações. O uso de máscaras é recomendado para pessoas com sintomas respiratórios, profissionais de saúde, cuidadores de indivíduos sintomáticos e grupos de risco, como idosos, pessoas com comorbidades e imunossuprimidos.
Além disso, a vacinação contra Covid-19 e Influenza é essencial para reduzir a transmissão e prevenir complicações graves. A proteção de crianças menores de seis meses também é crucial, evitando sua exposição a ambientes de risco.
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