Cheia severa no Amazonas pode atingir 2,3 milhões de pessoas em 2025
Manaus (AM) — O segundo Alerta de Cheias do Amazonas, divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), aponta alto risco de inundações severas nos rios Solimões, Amazonas e Negro. As previsões, com 45 dias de antecedência do pico da cheia, impactam diretamente os municípios de Manaus, Manacapuru, Itacoatiara e Parintins, afetando uma população superior a 2,3 milhões de pessoas.
Cenário de risco em Manacapuru
Em Manacapuru, o rio Solimões apresenta 53% de probabilidade de atingir a cota de inundação severa (19,60m). A estimativa é que o nível alcance 19,63m, podendo variar entre 19,10m e 20,16m. O gerente de Hidrologia do SGB, André Martinelli, confirma que o alerta atual reforça a previsão de uma cheia expressiva.

Situação em Itacoatiara
Em Itacoatiara, a situação é ainda mais preocupante. A probabilidade de o rio Amazonas ultrapassar a cota de inundação (14,00m) é de 99%, e de atingir a cota severa (14,20m), 94%. A previsão é de que o nível atinja 14,57m.

Previsão para Manaus e Parintins
Em Manaus, o rio Negro já superou a cota de inundação (27,50m) e tem 42% de chance de atingir a cota severa (29m). A previsão é que o nível chegue a 28,91m. Em Parintins, a projeção é de 8,64m, com 83% de chance de superar a cota de inundação (8,43m).
Ações integradas
Segundo Alice Castilho, diretora de Hidrologia do SGB, as previsões já estão sendo utilizadas por órgãos como a Defesa Civil, o Inpa e o Censipam para planejamento de resposta. A Casa Civil coordena um grupo interinstitucional para mitigar impactos, inclusive nas regiões vulneráveis.
Sistemas de Alerta Hidrológico
O SGB opera 17 Sistemas de Alerta Hidrológico (SAHs) nas regiões mais afetadas por inundações no Brasil. Essas plataformas monitoram e prevêem os níveis dos rios, gerando informações essenciais para a prevenção de desastres.