Estudo nacional projeta quatro novos corredores de BRT e redução de 34,6 mil toneladas de CO₂ por ano na capital amazonense. Investimentos somam R$ 430 bilhões em todo o país
Manaus (AM) – O Governo Federal, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Ministério das Cidades, apresentou um estudo inédito de mobilidade urbana que prevê quatro grandes projetos para Manaus (AM) até 2054.
A iniciativa integra o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU) e estima R$ 2,8 bilhões em investimentos para ampliar as redes de transporte público coletivo de média e alta capacidade na capital amazonense.
Projeto para Região Metropolitana de Manaus
Na Região Metropolitana de Manaus, o plano contempla a implantação de 48 quilômetros de corredores de BRT (Bus Rapid Transit), divididos em quatro eixos: Extremo Norte, Norte/Leste, Área Central e Extremo Sul, portanto, as intervenções devem reduzir o tempo médio de deslocamento, diminuir custos operacionais e salvar até 90 vidas por ano em acidentes de trânsito.
Além do impacto na mobilidade, a adoção dos novos sistemas deve evitar a emissão de 34,6 mil toneladas de CO₂ por ano, contribuindo para um transporte mais limpo e sustentável, já que o estudo calcula também um impacto econômico positivo de R$ 887 milhões, resultado da redução no tempo de viagens e maior eficiência no transporte coletivo.
“Com o estudo, o BNDES contribui para a formulação de uma estratégia nacional de mobilidade urbana de longo prazo e sustentável, unindo esforços da União, dos estados e municípios. O objetivo é melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, com transporte mais eficaz, menos poluidor e mais seguro”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou o caráter ambiental e social do projeto:
“Investir em transporte coletivo limpo é investir nas cidades e nas pessoas, para que os centros urbanos se tornem mais resilientes, com menos poluição e deslocamentos mais rápidos e seguros.”
Amazonas e a virada da mobilidade verde
Em uma cidade marcada pela dependência do transporte rodoviário e pelo crescimento urbano desordenado, o projeto representa um marco de inovação e sustentabilidade para Manaus, pois os BRTs devem integrar áreas periféricas à zona central, estimulando o uso do transporte público e reduzindo o trânsito intenso nas avenidas principais.
Para a Região Norte, portanto, o estudo reforça a importância de infraestruturas resilientes ao clima amazônico e soluções energéticas de baixo carbono, alinhadas às metas de descarbonização do país e à transição verde da Amazônia Urbana.
Panorama nacional: R$ 430 bilhões em mobilidade até 2054
Em todo o país, o ENMU definiu 187 projetos para as 21 maiores regiões metropolitanas do Brasil, com investimentos estimados em R$ 430 bilhões, uma vez que a expansão contempla metrôs (R$ 230 bi), trens urbanos (R$ 31 bi), VLTs (R$ 105 bi), BRTs (R$ 80 bi) e corredores exclusivos de ônibus (R$ 3,4 bi).
A implementação dos projetos deverá reduzir 8 mil mortes em acidentes de trânsito até 2054 e evitar a emissão de 3,1 milhões de toneladas de CO₂ por ano — o equivalente à absorção de carbono de uma área de 6,2 mil km² de floresta amazônica, cerca de cinco vezes a área do município do Rio de Janeiro.
Outros ganhos esperados, ainda, incluem a redução de 10% nos custos da mobilidade urbana, maior acesso a empregos, escolas e hospitais e impacto econômico nacional superior a R$ 200 bilhões.
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