Manaus–AM – O governador Wilson Lima realizou uma vistoria, nesta segunda-feira (02/09), nos dois portos provisórios em Itacoatiara, a 176 quilômetros de Manaus. Essas estruturas, essenciais para o embarque e desembarque de cargas durante a vazante dos rios no Amazonas, foram instaladas com articulação do Governo do Estado.
A concessão das licenças ambientais pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) permitiu que os portos se tornassem uma alternativa para evitar prejuízos e desabastecimento de produtos, especialmente para a indústria e o comércio.







Manutenção da Logística
Wilson Lima ressaltou que a principal função desses portos é garantir que a navegação de contêineres, essenciais para a Zona Franca de Manaus, não seja interrompida.
“Embora exista um custo adicional para essa operação, os impactos são muito menores em comparação ao ano passado, quando os terminais ficaram parados por quase dois meses”, afirmou o governador. Essa medida é vital para manter o fluxo logístico, principalmente com a aproximação de datas importantes como a Black Friday e o Natal.
Iniciativa Inédita e Complexa
Juliano Valente, diretor-presidente do Ipaam, destacou a inovação do projeto.
“É uma atividade inédita no Brasil e no mundo. Desenvolvemos um rigoroso processo de licenciamento ambiental, levando em conta análises técnicas, hidrológicas e das peculiaridades da região,” explicou.
Articulação com o Governo Federal
Desde o início do ano, o governador Wilson Lima vem se reunindo com representantes do Governo Federal para discutir medidas de enfrentamento à estiagem e solicitar apoio, como a dragagem dos rios.
Essa ação visa facilitar a navegação e evitar que embarcações encalhem, minimizando os impactos climáticos.
Portos e Operações Técnicas
Os portos provisórios, instalados pelos grupos Chibatão e SuperTerminais, funcionarão 24 horas por dia. As operações serão altamente técnicas, envolvendo guindastes e plataformas elevatórias para o transbordo de contêineres.
Resiliência Frente à Estiagem
A seca de 2023, a maior já registrada no Amazonas, resultou em prejuízos de mais de R$ 1 bilhão para a indústria local, segundo o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam). A instalação dos portos provisórios faz parte do planejamento do Governo do Estado para mitigar os impactos da grande seca, assegurando o abastecimento de mercadorias e fortalecendo a Zona Franca de Manaus.
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