Manaus (AM) – Durante a reunião plenária, desta terça-feira (26), a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) realizou duas Cessões de Tempo.
Na primeira, solicitada pelo deputado Cristiano D’Angelo (MDB), o presidente do Moto Grupo Vumbora de Moto, Reinaldo da Silva de Oliveira, falou aos parlamentares sobre a Campanha “Diga não ao Cerol – Corte isto da brincadeira”.
O que não foi explicado ao presidente do Moto Grupo pelos próprios parlamentares é que a própria Aleam já elaborou leis contra a linha de cerol ao permitir à soltura de pipas, basta a justiça punir envolvidos em crimes nesse sentido.
Oliveira falou que o uso de cerol nas linhas para empinar “papagaio”, como as pipas são chamadas no Amazonas, traz riscos não apenas às pessoas que brincam, mas a pedestres e especialmente motociclistas.
Essa mistura de cerol pode causar ferimentos graves, como cortes de tendões e nervos, amputação de dedos de quem brinca, e para os motociclistas pode causar mortes.
Pedido de criação de leis, mas leis já existem
O representante do Moto Clube pediu aos deputados a criação de leis que proíbam a utilização de linhas com cerol, e também que sejam criados lugares específicos, com a necessária segurança, destinados ao lazer das pessoas que gostam de soltar “papagaio”.
“Nós não queremos ir contra uma brincadeira que já faz parte da cultura do nosso estado, mas precisamos fazer com que as pessoas entendam que o cerol, ou linhas chilenas, podem matar”.
LEI SOBRE SOLTURA DE PIPA JÁ PROIBE USO DE CEROL NO AM
Embora o representante do Moto Clube tenha pedido a criação de lei para tal fim, a lei LEI N. 5.082, DE 8 DE JANEIRO DE 2020, já existe no Amazonas, conforme pode ser encontrado no próprio site da Assembleia Legislativa do Amazonas, em relação à soltura de pipas, no seguinte link:
Em Manaus
Em Manaus, uma lei municipal de 2015 proíbe a venda e o uso do cerol, que é a mistura de cola e vidro moído, linha chilena de óxido de alumínio e silício, ou de qualquer material cortante usado para soltar papagaios. A ação só é permitida em áreas estabelecidas pelo Poder Público Municipal. O problema é que não há um órgão fiscalizador, portanto o que se precisa é de fiscalização e de punição e nao de leis.
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