Manaus (AM) – Em um sinal de recuperação, o Rio Negro, em Manaus, atingiu a marca de 25,26 metros em 17 de março de 2025, superando em dois metros o nível registrado no mesmo período de 2024, ano marcado pela maior seca histórica já documentada.
Os dados revelam uma notável recuperação do volume hídrico do rio, após dois anos de severas secas que impactaram drasticamente a região.
De Níveis Críticos à Recuperação Gradual:
- Em 2024, o Rio Negro alcançou o mínimo histórico de 12,11 metros, um contraste gritante com a situação atual.
- Embora ainda 26 centímetros abaixo da cota de 17 de março de 2023 (25,52 metros), ano da segunda maior seca, a tendência de elevação sugere que essa marca pode ser ultrapassada em breve.
- A “cheia lenta”, caracterizada pela subida gradual das águas, traz otimismo quanto à normalização do ciclo hidrológico.
Impactos Econômicos e Sociais:
- O Rio Negro é vital para a economia de Manaus, especialmente para a Zona Franca de Manaus (ZFM), facilitando a logística de importação e exportação.
- A seca de 2024 prejudicou essas operações, impactando a cadeia produtiva e a economia regional.
- A recuperação do rio beneficia o ecossistema e as comunidades ribeirinhas, que dependem dele para transporte, pesca e atividades diárias.
Perspectivas e Desafios:
- Especialistas alertam para a necessidade de monitoramento contínuo, devido à variabilidade climática e eventos extremos recentes.
- A população e os gestores aguardam os próximos meses, que poderão consolidar a normalização dos níveis hídricos.
- A continuidade das chuvas e a regularidade do ciclo hidrológico são cruciais para o futuro do Rio Negro e da região.
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