Manaus (AM) – Uma barragem emergencial cedeu no km 24 da BR-319, no Amazonas, bloqueando completamente a travessia sobre o rio Curuçá. O rompimento ocorreu na tarde de sábado (31), confirmado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta segunda-feira (2).
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram motoristas tentando, sem sucesso, recuperar a passagem improvisada. O bloqueio gerou filas de veículos com cargas essenciais, incluindo alimentos, medicamentos e suprimentos destinados a comunidades isoladas da região.
Solução temporária
A barragem havia sido construída como solução temporária após o desabamento da ponte sobre o rio Curuçá em setembro de 2022, tragédia que deixou cinco mortos e 14 feridos. Desde então, a travessia dependia de estruturas provisórias como balsas e aterros emergenciais.
Com o novo rompimento, não há passagem para veículos nem pedestres. A PRF orienta os motoristas a evitarem o trecho e procurarem rotas alternativas, enquanto o tráfego permanece interrompido.
A BR-319 é a única ligação terrestre entre Manaus (AM) e Porto Velho (RO), sendo vital para o transporte de mercadorias e o deslocamento de populações ribeirinhas. A interdição expõe novamente a fragilidade da infraestrutura logística na Amazônia e aumenta a pressão por uma solução definitiva.
Improviso
A reconstrução da ponte original, no km 25, está em andamento pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), com previsão de entrega para setembro de 2025. Enquanto isso, a população continua à mercê de estruturas improvisadas que, como mostra o novo colapso, já não suportam a demanda.
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1 comentário
Gostaria de saber se isso acontecesse em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro ou outro estado mais desenvolvido e que tem voz, se o governo já nao teria agido? Depois os politicos do Amazonas gritam no Senado e o Brasil inteiro expõe o vitimismo de Marina Silva. Eles, na verdade, expuseram a revolta de um Estado inteiro que não tem direito de estar ligado ao restante do Brasil, por uma estrada que sempre existiu. Só precisa ser revitalizada com técnica e estrutura para que amazonenses possam ter o direito de ir e vir, um direito aliás, que é constitucional e não pertence a “Marina Silva”. Se ela quer isolar o Acre, o estado dela, que o faça. Mas o Amazonas quer ter o direito de existir.