Manaus–AM – Durante a Sessão Ordinária na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), realizada em Cessão de Tempo a pedido do deputado estadual Comandante Dan (Podemos), o secretário da Defesa Civil do Amazonas, coronel Francisco Máximo, abordou as medidas que o Governo do Estado planeja adotar para enfrentar a próxima vazante, prevista para o segundo semestre do ano.
“Todos os prognósticos das instituições com competência técnica apontam para uma nova seca recorde, consecutiva à de 2023. Não podemos esperar de braços cruzados que a tragédia aconteça para tomarmos medidas paliativas. Precisamos de uma ação preventiva,” enfatizou o deputado Comandante Dan.
O secretário Francisco Máximo destacou que, devido às mudanças climáticas que afetam o planeta, o Amazonas vive um estado de emergência climática permanente, e não mais sazonal.
“Dentro desses novos cenários, os desastres hidrológicos e climatológicos serão mais severos e mais frequentes,” afirmou.
Máximo apresentou as estratégias já adotadas pelo Executivo estadual para enfrentar a vazante, que incluem programas de renda mínima para as populações mais vulneráveis ao fenômeno e o combate antecipado às queimadas na floresta. Ele salientou a importância de parcerias para enfrentar as mudanças climáticas, afirmando que “o enfrentamento das mudanças climáticas é uma missão coletiva. Sem isso, não conseguiremos tomar decisões efetivas.”
Comandante Dan destacou a necessidade de uma abordagem permanente e integrada ao problema. Ele sugeriu que a prevenção e o monitoramento climático sejam refletidos nas Leis de Diretrizes Orçamentárias, nas Leis Orçamentárias Anuais e nas emendas parlamentares.
“Nosso mandato destinou R$ 700 mil à instalação de poços artesianos, o que ainda é muito pouco diante da grandeza do problema. Precisamos de uma nova mentalidade, senão ficaremos reféns das tragédias,” afirmou Dan, propondo a criação de um Grupo de Trabalho (GT) no parlamento para atuação direta nas questões de emergências climáticas.
Monitoramento Tecnológico e Ação Coletiva
A necessidade de monitoramento tecnológico foi reforçada por Máximo, que destacou que a tomada de decisões efetivas depende de dados precisos.
“Sem monitoramento tecnológico, não conseguiremos tomar decisões que sejam efetivas,” avaliou.
A abordagem do Governo do Amazonas é um passo crucial para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e garantir a segurança e bem-estar das populações afetadas. A criação de políticas integradas e a cooperação entre diferentes setores são essenciais para lidar com os impactos climáticos de maneira eficaz e sustentável.
Sessão
A sessão na Aleam evidenciou a urgência de uma ação coordenada e contínua para enfrentar as mudanças climáticas no Amazonas. Com a adoção de medidas preventivas e o fortalecimento das parcerias, o estado busca minimizar os impactos das secas e outros desastres naturais.
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