Manaus – Em meio aos desafios de geração de renda e preservação ambiental, uma iniciativa brasileira mostra que a Amazônia pode crescer sem destruir a floresta. Trata-se da Tucum, o primeiro marketplace indígena do Brasil, que completa 12 anos em 2025 conectando a arte indígena diretamente ao mercado.
A plataforma funciona como uma loja online onde artesãs e artesãos indígenas vendem seus produtos sem atravessadores. Na prática, isso garante mais autonomia, renda justa e valorização cultural para quem vive da floresta.
Atualmente, a Tucum trabalha com mais de 2.500 artesãs e artesãos indígenas, de centenas de comunidades em todo o país. Na Amazônia, a atuação alcança nove estados, 56 territórios indígenas e quatro unidades de conservação.
Economia da floresta em pé




A Tucum integra o portfólio da Amaz Aceleradora de Impacto, iniciativa coordenada pelo Idesam, que apoia negócios sustentáveis na região amazônica. O foco é fortalecer empresas que geram renda sem desmatamento.
Segundo dados da aceleradora, os negócios apoiados já impactaram 1.959 famílias e têm área de influência estimada em 6,4 milhões de hectares.
Para Gabriela Souza, líder de Novos Negócios do Idesam, o apoio vai além do recurso financeiro.
“O acompanhamento é feito conforme a necessidade de cada negócio, ajudando a ampliar mercado, fortalecer a gestão e gerar impacto real”, afirmou.
Uma ideia que nasce do encontro com os povos indígenas
A Tucum foi criada em 2013, a partir da vivência da fundadora Amanda Santana com os povos Kayapó e Krahô. A experiência despertou a ideia de criar um negócio que respeitasse os saberes tradicionais e reconhecesse a arte indígena como parte da história, da memória e da resistência dos povos originários.
Hoje, a plataforma atua como ponte entre culturas, aproximando consumidores urbanos do conhecimento produzido na floresta.
Arte, cultura e identidade
Entre os artistas parceiros está Washamani Mehinako, do povo Mehinako, no território do Alto Xingu. Suas obras são inspiradas na natureza, nos animais e nos rituais tradicionais de seu povo.
“Desde que conheci a Amanda, meu trabalho ganhou visibilidade. A Tucum ajuda não só com as vendas, mas com a divulgação, fazendo minha arte chegar mais longe”, afirmou o artista.
Por que isso importa para o Amazonas
No Amazonas, onde muitas comunidades dependem do artesanato, da pesca e da produção tradicional, iniciativas como a Tucum fortalecem a economia local, geram renda e valorizam quem protege a floresta.
Além da plataforma digital, a Tucum abriu uma loja física no Rio de Janeiro, em 2024, e possui o selo Origens, que reconhece produtos ligados a comunidades tradicionais.
Ao transformar arte em trabalho e cultura em renda, a Tucum mostra que é possível construir um modelo de desenvolvimento que respeita os povos indígenas e aponta caminhos sustentáveis para o futuro da Amazônia.
| O que é a Tucum
- Primeiro marketplace indígena do Brasil
- Criado em 2013
- Atua em todo o país, com forte presença na Amazônia
- Conecta artesãos indígenas diretamente aos consumidores
- Foco em renda justa, cultura e sustentabilidade
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