O cantor sertanejo Leonardo se manifestou nas redes sociais após a inclusão de seu nome na ‘lista suja’ do trabalho escravo, que identifica empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. Ele expressou surpresa e tristeza ao ver seu nome vinculado a essa situação.
Esclarecimento sobre a Propriedade
Leonardo esclareceu que a propriedade onde a fiscalização ocorreu era uma “fazenda arrendada”.
“Estou aqui, confesso que surpreso e muito triste. Em 2022, arrendei uma fazenda para que o arrendatário plantasse o que quisesse”, disse o cantor. Ele ressaltou que não conhecia os trabalhadores envolvidos:
“Esses funcionários surgiram na fazenda que arrendei, mas eu não os conheço, nunca ouvi falar deles.”
Multa e Responsabilidade
Apesar de a propriedade estar sob a responsabilidade de outra pessoa, Leonardo acabou multado. Ele confirmou que pagou a multa e teve o processo arquivado.
A Fazenda Talismã, localizada em Jussara (GO), terminou identificada na lista com registros de seis trabalhadores em condições irregulares.
“Recebi a visita do Ministério Público do Trabalho, foram bem recebidos, e me aplicaram uma multa por ser o proprietário da fazenda. Eu sou dono da Fazenda Lakanka, onde fiz o arrendamento, e não da Fazenda Talismã. Respeitamos o Ministério Público, pagamos a multa, e o caso foi arquivado”, afirmou Leonardo, de 61 anos.
Posição Contra o Trabalho Escravo
Leonardo reforçou seu posicionamento contra práticas de trabalho análogo à escravidão, afirmando que “jamais” compactuaria com tal conduta.
“Não sei quem colocou essas pessoas lá. Eu já trabalhei com plantio, sei como é a vida no campo. Jamais faria algo assim. Há um grande equívoco sobre mim. O Brasil inteiro sabe quem eu sou, minha idoneidade. Sou totalmente contra esse tipo de coisa e sempre serei”, concluiu.
Contexto da ‘Lista Suja’
A ‘lista suja’ do Ministério do Trabalho e Emprego conta com 727 empregadores, sendo 176 novos nomes incluídos nesta segunda-feira. Entre os setores mais afetados estão a produção de carvão vegetal, a criação de bovinos, a extração de minerais, o cultivo de café e a construção civil.
A lista é atualizada a cada seis meses após a conclusão de processos administrativos que confirmam condições de trabalho análogo à escravidão.
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