Manaus (AM) – O promotor de Justiça Davi Santana da Câmara esclareceu, nesta terça-feira (21/5), os motivos que levaram à absolvição do cantor de forró Diego Damasceno, solto após a vítima retirar as acusações durante audiência de instrução e julgamento.
Segundo o Ministério Público do Amazonas (MPAM), a vítima não confirmou em juízo as agressões relatadas anteriormente à polícia, o que inviabilizou a continuidade da ação penal. Com isso, o MP se manifestou pela absolvição, e o juiz acatou o pedido.
A decisão respeitou o princípio da autonomia da vontade da vítima e teve como objetivo evitar sua revitimização no processo judicial.
Antes de retirar a denúncia, a vítima foi atendida por uma equipe multidisciplinar com psicólogos, assistentes sociais e membros do MP, que garantiram a ela o entendimento de todos os seus direitos.
O promotor destacou que, na ausência de testemunhas, a lei exige que a vítima confirme as agressões em audiência. Sem essa confirmação, o MP não poderia seguir com a acusação, pois nenhum réu pode ser condenado apenas com base em boletim de ocorrência.
Entenda o caso
Kaline Milena, a vítima, relatou à imprensa que foi agredida em abril deste ano no bairro Parque 10, zona Centro-Sul de Manaus. Ela teve três dentes quebrados e sofreu hematomas pelo corpo.
Segundo ela, a agressão foi motivada por ciúmes. O casal retornava para casa após ela ter participado de uma ação de trabalho, na qual gravou um Reels dançando com colegas.
“A briga começou porque eu postei um Reels. Eu estava trabalhando no Vasco Vasques e precisei dançar com minhas colegas. Ele não gostou disso”, disse.
Durante o trajeto, segundo Kaline, o cantor estava embriagado e iniciou a agressão.
“Ele começou a me criticar enquanto eu dirigia e, do nada, me agrediu. Minha boca ficou desse jeito, meu rosto todo machucado.”
Kaline divulgou fotos dos ferimentos visíveis no rosto, braços e coxas.
Ela também relatou outros episódios de agressão em 2023, nos dias 25 de julho e 7 de outubro, ambos registrados durante o relacionamento com Diego Damasceno.
“Ele sempre foi assim, agressivo. Eu não sei o que passava na cabeça dele.”
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