Manaus (AM) – Na madrugada desta quinta-feira (17), o empresário Severino Gomes das Mercês, de 69 anos, foi brutalmente assassinado dentro de sua residência, localizada no bairro Flores, zona Centro-Sul de Manaus. Segundo a Polícia Civil, os criminosos simularam ser agentes da Polícia Civil ao invadirem o imóvel por volta das 4h15.
De acordo com o delegado Gerson Oliveira, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), os invasores gritavam ordens como se fossem policiais, ameaçando arrombar a porta. “Eles diziam algo como: ‘Abre, se não a gente vai descer bala’. Tudo indica que foi uma tentativa de enganar as vítimas”, relatou.
No momento da invasão, Severino estava em casa com a neta. Ao perceber a movimentação suspeita, ele orientou a jovem a se esconder em outro cômodo e foi buscar uma arma de fogo para se defender. Pouco depois, entrou em confronto direto com os criminosos.
Houve intensa troca de tiros dentro da residência. Severino acabou sendo atingido por ao menos 15 disparos de pistola calibre 9 milímetros, mas conseguiu alvejar um dos criminosos. Imagens de câmeras de segurança mostram que um dos suspeitos foi ajudado por um comparsa durante a fuga e quase foi abandonado pelos demais.
Um rastro de sangue foi deixado pelos suspeitos até o veículo utilizado na fuga. A perícia recolheu amostras do sangue, que serão analisadas e comparadas com dados do banco de perfis genéticos da criminalística.
A neta de Severino, que seguiu as instruções do avô e permaneceu escondida durante toda a ação, encontrou o corpo após o cessar dos tiros. A jovem entrou em desespero ao ver o avô caído no chão, sem vida.
Conforme os investigadores, está descartada a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), já que nenhum objeto foi levado da residência, exceto a arma usada por Severino para tentar se proteger. “A intenção era claramente executar a vítima. Todos os disparos foram direcionados apenas a ele”, reforçou o delegado Gerson.
Uma mala com ferramentas, supostamente usada para arrombar o portão e facilitar a entrada dos criminosos, foi deixada na cena do crime e já está em posse da Polícia Civil para análise.
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