Ênio Ferreira Mustafa, 37, foi morto a facadas na madrugada e Polícia Civil prioriza apuração de conflitos pessoais e disputa de grupos
Diretrizes e foco da investigação
Manaus (AM) – A morte de um homem identificado como Ênio Ferreira Mustafa, 37, registrada na madrugada deste domingo (30), passou a ser tratada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) como um homicídio com características de execução.
A percepção surgiu a partir das lesões observadas na cena e da dinâmica silenciosa do ataque, ocorrido por volta das 4h27, na Rua Louro Aritu, no Monte das Oliveiras, Zona Norte.
Segundo o registro oficial, múltiplos golpes de arma branca atingiram a região da cabeça, compondo um padrão que levantou sinal de intencionalidade direta.
Durante a análise inicial, peritos do Instituto de Criminalística (IC) mapearam a área, coletaram fragmentos, registraram marcas de deslocamento e organizaram o material técnico.
A atuação do Instituto Médico Legal (IML) completou a coleta preliminar necessária ao inquérito.
Em nota à reportagem, um dos agente da DEHS afirmou que o caso está em investigação:
“Os elementos coletados no local já estão em análise. A equipe trabalha para identificar a autoria e esclarecer a dinâmica completa do crime. A área passa por conflitos recorrentes, e isso entra na análise. Nosso trabalho é separar o que é rumor do que realmente se conecta ao fato.”
Três frentes de apuração priorizadas
A investigação ocorre em três eixos principais:
1. Conflitos pessoais
A DEHS levantou possíveis desentendimentos recentes envolvendo a vítima. Relações de proximidade, contatos da rotina e tensões anteriores estão sob análise.
2. Convivência no bairro
A dinâmica da Rua Louro Aritu durante a madrugada entrou no mapa da investigação. Relações de vizinhança, circulação de pessoas e tensões locais terminaram incluídas na triagem inicial.
3. Disputas territoriais
A Zona Norte, marcada por ações violentas e presença de grupos que disputam influência, entrou como possibilidade. Ajustes internos e recados territoriais integram o espectro de avaliação.
Câmeras da área, movimentações da vítima na noite anterior, conversas de aplicativos e testemunhos informais já compõem a investigação. Moradores relataram passos acelerados pouco antes do ataque.
Contexto Amazonense: pressão crescente sobre áreas vulneráveis
O homicídio reforça o impacto da ausência de policiamento ostensivo contínuo em áreas de vulnerabilidade social na capital. Comunidades da Zona Norte registram aumento de crimes letais, o que acende alerta para revisão do patrulhamento.
A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) deve reavaliar os indicadores da região para redirecionar equipes, intensificar rondas e expandir o uso de inteligência, para impedir novas ocorrências de violência.
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