Manacapuru (AM) – A Justiça do Amazonas decretou a prisão preventiva de um casal paulista e de um agente local acusados de tentar comprar um recém-nascido em Manacapuru, a 68 km de Manaus. A decisão atendeu a um recurso do Ministério Público do Amazonas (MPAM), após a audiência de custódia.
Durante a audiência, o MP solicitou a conversão das prisões em flagrante em prisão preventiva, com base na gravidade do crime e na necessidade de garantir a ordem pública. A juíza inicialmente aplicou medidas cautelares, mas reavaliou a decisão após o recurso apresentado.
A magistrada considerou que a prisão preventiva era necessária, já que os acusados se aproveitaram da vulnerabilidade da mãe da criança e não possuem vínculos com o Amazonas, como residência ou atividade laboral lícita. Esses fatores indicam risco de fuga e possibilidade de reincidência.
Ministério Público defende decisão
O promotor de Justiça Gérson de Castro Coelho ressaltou a atuação do MP como fiscal da lei. “Cabe ao Ministério Público analisar com responsabilidade as circunstâncias do crime e garantir que medidas adequadas sejam adotadas”, afirmou.
Entenda o caso
O caso aconteceu na sexta-feira (11/07), quando o casal foi preso em flagrante ao tentar sair de um hospital de Manacapuru com um bebê recém-nascido. Eles teriam pago R$ 500 pela criança a um intermediador, que repassou o valor à mãe biológica, em situação de extrema vulnerabilidade social.
A tentativa de compra ilegal do bebê repercutiu na imprensa local e nacional e segue sendo investigada pelas autoridades.
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