Manaus (AM) – Joaquim Teles Menezes Neto, Almerindo da Mota Júnior e Josiney da Silva Barbosa foram condenados a 20 anos de prisão cada um, pela morte de Leonardo Almeida de Souza. O crime ocorreu em 7 de abril de 2017, dentro de uma cela da galeria 1 da Unidade Prisional do Puraquequara, na zona Leste de Manaus.
A condenação aconteceu durante Sessão Plenária da 1.ª Vara do Tribunal do Júri, na terça-feira (29/04), no Fórum Ministro Henoch Reis, em Manaus. O julgamento foi presidido pelo juiz de direito Otávio Augusto Ferraro.
O Ministério Público foi representado pelo promotor de Justiça Marcelo Bitarães de Souza Barros. As defesas dos réus foram conduzidas pelo advogado Arlyson Alvarenga do Nascimento e pelo defensor público Rafael Albuquerque Maia.
Os três acusados foram pronunciados por homicídio duplamente qualificado, cometido com emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Almerindo da Mota Júnior, intimado por edital, não compareceu ao julgamento. Na época do crime, ele estava preso provisoriamente. Josiney da Silva Barbosa participou do júri e negou envolvimento no crime, alegando que apenas fotografou a ação sob ameaça. Joaquim Teles Menezes Neto também esteve presente, mas optou por permanecer em silêncio, conforme direito constitucional.
Debates e decisões do júri
Durante os debates, o promotor pediu a condenação dos réus conforme a denúncia apresentada. As defesas de Almerindo e Josiney sustentaram a tese de negativa de autoria e insuficiência de provas. A defesa de Joaquim também pediu absolvição, alegando negativa de autoria.
Os jurados acataram o pedido do Ministério Público e condenaram os três acusados por homicídio duplamente qualificado.
O juiz determinou o imediato cumprimento da pena para Josiney e Joaquim, que já estão presos por envolvimento em outros processos. A prisão de Almerindo foi decretada, e ele começará a cumprir a pena assim que for localizado pela polícia.
Segundo os autos, Leonardo Almeida de Souza estava deitado em sua cama na cela quando os acusados o atacaram de forma inesperada. Eles amarraram suas mãos e pés e, em seguida, utilizando armas brancas (estoques), o decapitaram.
Nenhum dos réus confessou o crime. Até o momento, a motivação do homicídio não foi esclarecida.
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